Foi uma igualdade num jogo em que futebol saiu derrotado. Gil Vicente e Vitória de Setúbal não saíram do nulo numa partida onde as duas equipas mostraram pouca ambição para vencer, principalmente os sadinos que foram a Barcelos em busca do ‘pontinho’. A equipa de Sandro Mendes continua sem marcar qualquer golo no campeonato, contudo somam já três pontos.

O Vitória de Setúbal jogava contra um histórico que lhe é claramente desfavorável: em Barcelos, apenas em duas ocasiões haviam vencido. O Gil Vicente teve sempre maior ascendente na partida, contudo também teve a consciência de que um ponto era bem melhor do que nenhum.

Foi um confronto sem grandes recortes técnicos e um espetáculo daqueles que pouca gente pagaria para ir ver.  Ainda por cima, a horas pouco convidativas. Foi, também, um jogo muito ‘amarelado’. Hélder Malheiro teve de exibir a cartolina amarela nove vezes. A igualdade, é um castigo para as duas equipas, para os adeptos e, principalmente, para o futebol.

Desde cedo que o Gil Vicente mostrou que queria conquistar os três pontos. Fazendo uma pressão alta, ia criando dificuldades à formação sadina que demorou dez minutos para conseguir equilibrar o jogo, pois não conseguiam sair com a bola controlada. Hildeberto, a novidade no onze de Sandro, e Éber Bessa eram os municiadores do jogo visitante.

Lino justificou a titularidade que Vítor Oliveira lhe proporcionou com uma boa exibição, procurando constantemente a bola no espaço interior ou bem aberto junto à linha. O primeiro tempo foi equilibrado, mas com ligeiro ascendente da turma da casa. Com boa troca de bola iam chegando perto da baliza setubalense, embora falhassem o último passe. Na única vez que conseguiram, Artur Jorge impediu o golo de Lourency, estava já Makaridze batido.

A toada de jogo manteve-se no segundo tempo. Perante um Vitória de Setúbal mais na expetativa, o Gil Vicente tentou pegar no jogo. Contudo, continuou a ser muito precipitado na hora de definir o último passe. Kraev, o melhor galo em campo, esteve perto de marcar, de cabeça. Valeu uma grande defesa de Makaridze.

Começou a dança dos treinadores, fazendo alterações nas equipas. Vítor Oliveira foi o que arriscou mais, colocando Naidji em campo ao lado de Sandro Lima, passando a jogar em 4x4x2. Já o técnico do Setúbal refrescou as linhas ofensivas, mas manteve a estrutura da equipa.

Ainda assim, pouco mudou. Os de Barcelos tentaram pegar no jogo, porém continuaram precipitados. Os de Setúbal continuaram à espera de uma falha do opositor para sair em contra-golpe. No final, tudo acabou como começou, exceto nos pontos: os gilistas somam agora cinco, enquando os sadinos têm três.