Álvaro Pacheco, treinador do Vizela, considera que o Santa Clara tem «potencial» para melhorar na Liga e rejeitou que seja o «adversário ideal», num embate da 10.ª jornada, marcado para domingo, em que espera «equilíbrio».

O líder vizelense admitiu que a formação de Ponta Delgada, 16.ª classificada, com cinco pontos, não atravessa o «período que desejaria», até pela série de cinco jogos sem vencer, mas defendeu que o conjunto treinado por Mário Silva, ainda em «construção», tem «potencial» para mais e vai criar dificuldades aos seus pupilos.

«Há um equilíbrio muito grande. Não há adversários ideais. É um adversário que quer voltar às vitórias e nalguns jogos esteve perto de o conseguir. É ainda uma equipa em construção. Temos de ser uma equipa séria e competente, que não pode permitir ao Santa Clara impor o seu jogo. Temos de ser nós a impor o nosso jogo», disse o treinador na antevisão ao duelo marcado para as 15:30, em Vizela.

A formação minhota, 12.ª da tabela, com 11 pontos, encara o jogo «motivada» pela hipótese de uma inédita marca de três vitórias consecutivas na Liga, após ter derrotado Portimonense e Casa Pia (ambos por 1-0), mas o técnico lembrou que os seus jogadores têm de levar a melhor num embate que perspetiva com «muitos duelos», com os açorianos a alternarem uma postura ofensiva e uma outra defensiva.

«Estou à espera do Santa Clara a querer disputar o jogo e conquistar os três pontos, mas também poderá ser mais calculista, à espera do nosso erro e dos espaços, para poder aproveitá-los. Na semana de trabalho, preparámos os dois cenários para atingirmos o sucesso, em função daquilo que o Santa Clara nos proporcionar», referiu.

Apesar de a formação da ilha de São Miguel apresentar o pior ataque do campeonato, com seis golos marcados, a par das outras equipas na cauda da tabela – Famalicão (15.º), Paços de Ferreira (17.º) e Marítimo (18.º) -, o treinador vizelense atribuiu a circunstância à «falta de discernimento para fazer golo» e pediu atenção aos seus jogadores para travarem a manobra ofensiva contrária.

«Queremos contrariar os muitos e bons processos ofensivos do Santa Clara, quer na qualidade individual, quer na envolvência dos alas, quer na profundidade», especificou, mostrando-se «satisfeito» com o «nível» a que os seus atletas têm treinado.