O ministro francês do Interior, Christophe Castaner, anunciou esta terça-feira que cabe aos organizadores da Volta à França em bicicleta, agendada para decorrer entre 27 de junho e 19 de julho, decidir sobre a manutenção ou adiamento da prova.

A posição de Christophe Castaner sobre o Tour surge após o presidente francês, Emmanuel Macron, ter prolongado o período de confinamento até 11 de maio, face à epidemia de covid-19, e de ter anunciado a manutenção de medidas restritivas à concentração de pessoas até meados de julho.

Face à comunicação de Macron, e ao cancelamento de eventos previstos para julho, como é o caso do Festival de Avignon (de 3 a 23), um dos maiores certames de teatro do mundo, o adiamento do Tour é uma situação praticamente inevitável.

O Tour é promovido pela Amaury Sport Organization (ASO), que ainda não se pronunciou sobre o assunto, mas, de acordo com a comunicação social, nos bastidores da emblemática prova velocipédica francesa prosseguem contactos com os organizadores locais.

O diretor de prova, Christian Prudhomme, já reconheceu que estão a ser estudadas «outras hipóteses» no calendário de 2020, depois de o antigo campeão por cinco vezes Bernard Hinault ter admitido que seria «muito difícil» que a «Grande Boucle» avançasse nas datas marcadas.

No final de março, a ministra do Desporto de França, Roxane Maracineanu, admitiu a possibilidade de o evento decorrer à porta fechada, isto é, sem espetadores nas ruas, um cenário que Julian Alaphilippe (Deceuninck-Quick Step), vencedor de várias etapas em 2019, não consegue «imaginar» sequer.