Vinte e cinco mulheres denunciaram dirigentes da equipa de NFL de Washington de abuso sexual. O Washington Post já tinha reportado que várias mulheres acusavam executivos daquele franchise de futebol americano - antigamente conhecido como redskins antes da mudança de nome - e, agora, o jornal da capital dos EUA traz novos desenvolvimentos.

De acordo com o Post, durante a gravação de um vídeo oficial do calendário das cheerleaders em 2008 foi feito uma gravação à parte, com cenas de nudez, sem conhecimento das envolvidas. Esse vídeo, ao qual um vice-presidente, Larry Michael, alegadamente chamou de «as boas partes», teria sido pedido pelo dono do franchise, Daniel Snyder.

O dono dos Washington Football Team, assim se chama a equipa agora, negou qualquer envolvimento. «Não tenho conhecimento dos vídeos feitos há dez anos referenciados na história [do Washington Post]. Não os pedi e nunca os vi», afirmou em comunicado.

Versão diferente tem Brad Baker, que fazia parte do staff de Larry Michael: «Ele disse algo como: 'Temos um projeto especial que precisamos de fazer para o dono, hoje. Ele precisa que nós tenhamos as boas partes dos bastidores do vídeo das cheerleaders em DVD, para ele.»

Para além do testemunho de Baker, o Post escreve que um dos produtores afirmou que o vice-presidente Larry Michael ordenou a gravação do DVD para «uma reunião do executivo».

O dono da equipa nega as acusações e afirmou que tais comportamentos «não têm lugar» no franchise. No entanto, o jornal entrevistou mais de cem pessoas, entre funcionários e ex-funcionários, e obteve relatórios internos que mostram, de acordo com o Post, que «Snyder preside uma organização em que as mulheres afirmam ter sido marginalizadas, discriminadas e exploradas».

De resto, 25 mulheres - sob anonimato - afirmaram ao jornal que foram alvo de assédio sexual durante o tempo que trabalharam na equipa de futebol americano.