Iker Casillas aliou-se a uma 'startup' de tecnologia de saúde para monitorizar a condição clínica após o enfarto do miocárdio sofrido em maio de 2019 e quer ajudar outros futebolistas a prevenir problemas cardíacos.

O ex-guarda-redes do FC Porto, do Real Madrid e da seleção espanhola esteve presente na Web Summit, em Lisboa, onde foi orador na conferência 'Inteligência Artificial para a prevenção de ataques cardíacos', na qual alertou que os problemas cardíacos podem ser consequência da pressão que rodeia o futebol atual e sobrecarrega os jogadores.

«Um jogador sofre com o stress, a devassa da vida privada e tudo isso contribui. No futebol jogamos um número enorme de jogos num ano», começou por dizer o ex-futebolista, recordando o caso dele: «Há dois anos sofri um enfarte no campo de treinos, fui para o hospital e fizeram-me um cateter. Foi tão rápido que nem percebi o que tinha acontecido, a médica é que me disse depois que tinha sofrido um enfarte e fiquei perplexo».

Casillas está hoje medicado, faz algum exercício físico e controla regularmente a atividade cardíaca. Tudo isto permite-lhe levar «uma vida normal».

O ex-futebolista é hoje investidor e um dos rostos da empresa Idoven, 'startup' espanhola que procura detetar precocemente problemas cardíacos para prevenir doenças deste género, enfartes do miocárdio e morte súbita através de um software baseado em inteligência artificial que analisa eletrocardiogramas para diagnosticar anterações da atividade elétrica cardíaca e arritmias. «É uma boa forma de prevenir o que pode acontecer», disse referindo-se à 'startup'.