Figura: Wendel
Encheu o campo juntamente com Bruno Fernandes. Ao contrário de Doumbia, o brasileiro jogou sem amarras. Teve liberdade para se aproximar de Vietto e Luiz Phellype e aproveitou-a. Nem o pontapé ao poste na primeira parte lhe retirou o sorriso com que interpretou cada ação. Entende-se às mil-maravilhas com Bruno Fernandes e foi, precisamente através da ligação luso-brasileira, que o Sporting chegou ao empate: «tabelinha» entre o capitão dos leões e Wendel que terminou com o remate do número «37». O golo foi um prémio justo para o que jogou, que foi muito.

Negativo: Ilori
É verdade que não é lateral-direito de raiz, no entanto, Ilori tem obrigação de fazer mais e melhor, sobretudo no capítulo defensivo. Cometeu erros de posicionamento e de leitura, evidenciando sempre dificuldades para travar Wijnaldum, Milner ou Origi. O defesa raramente subiu no corredor direito, deixando a equipa praticamente sem profundidade, visto que Raphinha também procura terrenos mais centrais. Ainda assim, Ilori beneficiou de uma ocasião flagrante para recolocar o Sporting em vantagem, mas acertou na malha lateral. Apesar de ter melhorado na segunda parte, ninguém consegue limpar da memória o erro flagrante (inadmissível até a este nível) que origina o 2-1 apontado por Wijnaldum.

REFORÇOS

Neto
A chegada do internacional português representa uma mais-valia para os leões. O ex-Zenit acrescenta mais qualidade à equipa em comparação com André Pinto e Ilori. Concentrado, foi capaz de anular várias ações ofensivas e serviu de pronto-socorro a Ilori. Pecou apenas pelo excesso de agressividade, tendo arriscado a expulsão antes de dar o lugar a Coates.

Vietto
Não engana. O argentino é um jogador de fino recorte. Ao contrário da partida frente ao Club Brugge, Keizer colocou-o nas costas de Luiz Phellype e Vietto mostrou lampejos da qualidade que possui. Jogou entrelinhas e definiu com qualidade, no fundo, fez o que se pede a quem tem obrigação de servir quem está ao seu redor. Podia ter feito mais e melhor nas ações sem bola, no entanto, é justo escrever que Vietto fez o melhor jogo desde que chegou.

OUTROS DESTAQUES:

Bruno Fernandes
Os craques jogam em todo o lado, não é verdade? O capitão leonino joga bem em qualquer posição, mesmo colado ao corredor esquerdo. É um futebolista completo e mostrou-o novamente. O internacional português apontou o primeiro golo do encontro – contou com a ajuda de Mignolet - e, na segunda parte, assistiu o Wendel para o 2-2. Pese a assistência e o golo, o que mais impressionou em Bruno foi a sua facilidade em jogar fácil.

Raphinha
A par de Ilori, o pior dos leões. Somou más decisões, passes errados, maus domínios, dribles falhados, enfim. Raramente o brasileiro conseguiu fazer uso da sua velocidade para superar Robertson ou Van Dijk. Teve apenas um remate perigoso que Mignolet travou com uma palmada. Um autêntico alien em Nova Iorque como canta Sting.

Wijnaldum
Pela exibição que fez nem parece que gozou de um período de férias. O holandês teve liberdade de movimentos - trocou várias vezes com Milner e Chamberlain - acabando por ter oportunidade ora de visar a baliza de Renan, ora de assistir os seus companheiros. Wijnaldum fugiu a Ilori e criou o lance que resultou no golo anotado por Origi e, ao cair do pano do primeiro tento, beneficiou de um erro grosseiro do lateral-direito verde e branco para consumar a cambalhota no marcador.