Até ver, Wesley é a figura da Liga portuguesa. Melhor marcador, tem ajudado o Leixões a conseguir um arranque de época surpreendente e de boa qualidade. Um terço do esforço necessário para manter a equipa entre os maiores está feito, e parte assinalável do mérito é deste médio brasileiro de 27 anos.
José Mota parece ter construído a equipa a pensar em Wesley e esse é um luxo que nenhum outro jogador da Liga possui. Nos grandes não se nota esta dependência de um futebolista, entre os europeus também não.
No Leixões, Wesley tem um meio-campo rigoroso atrás e espaço na frente, oferecido pelas movimentações de dois avançados que por norma partem das alas para o centro, em velocidade.
Wesley é forte com a bola nos pés e suficientemente frio na grande área para aproveitar lances como o que valeu o empate frente ao Benfica. Maduro, o brasileiro que começou por brilhar no Paços de Ferreira com José Mota sabe movimentar-se e dosear a energia para durar todo o jogo.
Claro que depois deste bom arranque passará a ser o alvo dos adversários nas próximas jornadas, o que vai complicar as coisas. É duvidoso que no final da primeira volta seja possível reconhecer em Wesley o destaque da competição. Mas para já é assim.