Foi um empate com sabor a vitória para as duas equipas. O Sporting de Braga garantiu a passagem aos 16 avos da Liga Europa depois do empate caseiro frente Wolverhampton, que acompanha a equipa portuguesa na próxima eliminatória. Num jogo frenético, os guerreiros estiveram a ganhar, permitiram a viragem para 1-3, mas ainda tiveram forças para ir buscar a igualdade.

Assim, os arsenalistas garantem um lugar no sorteio da fase a eliminar da Liga Europa e, também, pelo menos para já, o primeiro lugar no grupo K, jogando na última jornada em casa do Slovan Bratislava. A turma inglesa está na segunda posição, a um ponto dos minhotos, e ainda acalentam chegar ao topo. Têm de vencer na última ronda, na receção ao Besiktas, mas precisam que os bracarenses não vencem o seu jogo.

Sá Pinto apostou no mesmo onze que derrotou o Gil Vicente para a Taça de Portugal. Nuno Espírito Santo também não surpreendeu, apostando em quatro portugueses no onze do Wolves - e mais dois no banco de suplentes. O início da partida não podia ter sido mais auspicioso para o Sporting Braga, que já havia ganho em Inglaterra (0-1).

Na primeira vez que uma das equipas se acercou das balizas, André Hora abriu o marcador para os arsenalistas. De fora da área, encheu-se de fé e… aqui vai disto! Uma bomba, que ainda desviou num adversário, que só parou num fundo da baliza à guarda de Rui Patrício. Os bracarenses estavam na frente e podiam jogar com o resultado.

No entanto, a reação do Wolverhampton foi energética e demorou apenas oito minutos. Diogo Jota ganhou em velocidade na esquerda e cruzou com conta peso e medida para a cabeça de Jiménez, que bateu Eduardo – o internacional português hesitou na saída e isso foi fatal. A partida continuou equilibrada, mas eram os Wolves, com um futebol mais vertical e pragmático, que chegavam com maior perigo junto da baliza de Eduardo.

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Jiménez trocou o papel de goleador pelo de assistente e protagonizou a viragem da formação inglesa. Primeiro, descobriu na área a cabeça de Matt Doherty e colocou lá a bola. O irlandês só teve de encostar. Depois, recuperou o esférico a meio do meio campo, rodou e desmarcou Traoré, que ganhou em velocidade e atirou para o terceiro.

Os ingleses regressaram melhor para a segunda metade e estiveram muito perto de aumentar a contagem. Aqui, Eduardo esteve em destaque, já que negou um golo ‘cantado’ a Diogo Jota. A partir daí, o Sporting de Braga voltou a pegar no jogo e a procurar reduzir o marcador. Os ingleses sentiam-se confortáveis com a vantagem de dois golos, mas Galeno viria a mudar isso.

O extremo arsenalista pegou no esférico na esquerda, deixou dois adversários para trás, e ofereceu o golo a Paulinho, que não teve dificuldades em encostar. Estava relançada a esperança bracarense de, pelo menos, chegar à igualdade. Começou a dança dos treinadores, no banco de suplentes, mas foi um titular que acabou por marcar o golo do empate. Após canto, o capitão Fransérgio apareceu solto na área a cabecear para o 3-3 final.