O futebolista brasileiro do Gil Vicente, Ygor Nogueira, afirmou que o Gil Vicente vai voltar aos treinos na próxima semana, após o período de férias decretado pelo emblema de Barcelos, da I Liga de futebol.

«No Gil Vicente, vamos voltar a treinar na próxima semana. Está marcado o regresso aos treinos na próxima semana. Vamos estar a treinar, mas a manter prevenção de sempre. Vamos treinar em grupos separados. Vamos manter o distanciamento de cada companheiro», afirmou o jogador de 25 anos, que tem contrato até 2021 com o clube, em conversa no canal Fox Sports Brasil.

Nogueira, que tem sido opção regular do treinador Vítor Oliveira – disputou 21 dos 30 jogos oficiais da época – falou ainda das movimentações entre o mercado português e o brasileiro, afirmando que a ida de Jorge Jesus para o Flamengo abriu perspetivas no seu país natal.

«Aqui em Portugal há bastantes treinadores com importância. Têm visto agora o Jorge Jesus, um grande treinador. Em Portugal, há mais. A saída do Jorge Jesus para o Brasil mudou os olhos da Europa toda para o Brasil e isso é importante para o brasileiro. Não só para os treinadores, mas para os jogadores», considerou.

A expulsão fatal no Fluminense

Nogueira, que se desvinculou do Fluminense antes de rumar a Portugal, abordou ainda a saída do clube no qual concluiu a formação. Considerou que a expulsão, em maio de 2017, num jogo ante o Grémio, foi decisiva para uma pressão adicional dos adeptos, que diz ter sido prejudicial para si.

«Era apontado como uma das promessas. Subi a profissional, estive o primeiro ano, segundo. No terceiro ano [2017], consegui fazer mais jogos com a camisola do Fluminense. Acho que o meu deslize foi, não por falta de técnica, algo que eu nem sei explicar. Num Fluminense-Grémio, fui expulso aos quatro minutos e acho que a partir desse momento os adeptos começaram a ‘pegar no meu pé’ [ndr: expressão brasileira para importunar/massacrar] e a expulsão não foi falta de técnica. Foi um excesso, naquela jogada, de força. Fui expulso e fui julgado por isso. Foi a divisão de águas no Fluminense e todas as vezes que eu jogava, vaiavam-me. Foi chato, podia dar frutos, acredito eu, no Fluminense. Estava no melhor momento e parece que depois desse jogo já não servia mais», defendeu.

Depois dessa época, Nogueira foi cedido ao Figueirense e, depois, ao CRB do Brasil, antes do Gil Vicente.