O FC Porto chegou a estar em vantagem na corrida para os quartos de final da Youth League diante do Liverpool, mas permitiu o empate no início da segunda parte e, depois, acabou por ser eliminado no desempate por penáltis (5-6). A equipa comandada por Nuno Capucho fez uma boa primeira parte, chegou à vantagem numa grande penalidade convertida por Jorge Meireles, mas depois sucumbiu ao poder de ataque dos ingleses no segundo tempo. O jogo ficou fechado da pior maneira, com agressões entre jogadores que resultaram em duas expulsões para a equipa de Capucho.

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O jogo, disputado na Academia do Liverpool, começou com a equipa inglesa, com mais posse de bola, a procurar assumir, desde logo, as rédeas do jogo, diante de um FC Porto que se apresentou, bem organizado, mas na expetativa, a deixar o adversário correr com a bola. Os ingleses, em poucos minutos, experimentaram os três corredores que davam acesso à baliza de Gonçalo Ribeiro, com o escocês Bem Doak, desde logo, em plano de destaque, mas em todos eles encontraram as portas fechadas.

Martim Fernandes e Bernardo Ferreira fechavam bem as alas, enquanto na zona central André Oliveira e, sobretudo, António Ribeiro não deixavam passar nada. Na primeira vez que o FC Porto subiu à área do Liverpool, Jorge Meireles foi derrubado pelo guarda-redes. Penálti indiscutível, marcado de forma irrepreensível pelo avançado que já tinha sido determinante, no play-off, frente aos gregos do Panathinaikos. Aliás, este foi o quinto golo de Meireles, além de três assistências, em sete jogos nesta competição.

O Liverpool procurou reagir de imediato, acelerando o jogo, mas pela frente deparou-se com um adversário muito bem organizado que fechava muito bem os corredores para depois ganhar bolas corredor central, onde António Ribeiro continuava a dar cartas. A equipa de Capucho saía depois em transição para o ataque, onde Umaro Candé, Jorge Meireles e Rui Monteiro baralhavam as marcações dos ingleses, em permanente carrossel.

Em vantagem, o FC Porto geriu muito bem a posse de bola, levando o adversário ao desespero que ficou bem patente numa entrada do avançado Bem Doak, em carrinho, sobre Gabriel Brás. Uma entrada por trás, no limite da agressão, uma vez que o avançado não procurou jogar a bola e atingiu apenas as pernas do central do FC Porto.

A verdade é que a equipa portuguesa geriu muito bem o jogo e até podia ter aumentado a vantagem antes do intervalo, com destaque par um remate de Rui Monteiro.

FC Porto em quebra, Liverpool empata

A segunda parte seria completamente diferente. O Liverpool voltou a entrar com tudo, mas desta vez o FC Porto cedeu. Face a um ritmo de jogo mais elevado, os ingleses começaram a abrir brechas na defesa portuguesa, mais uma vez com Ben Doak em destaque, mas agora acompanhado por Koumas, Clark e pelo alemão Frauendorf. Ao fim de dez minutos chegou o empate. Gonçalo Ribeiro ainda defendeu um primeiro remate do escocês, mas já não teve mãos para a recarga do alemão.

Um empate que motivou ainda mais os ingleses que ameaçaram a reviravolta nos instantes seguintes, diante de um FC Porto irreconhecível em comparação com a primeira parte. O Liverpool, que conta com um dos melhores ataques da competição, com vinte golos em seis jogos, carregou por todos os lados e teve várias oportunidades para se adiantar no marcador.

O FC Porto já não defendia tão bem como na primeira parte, não conseguiu ter bola e só conseguiu responder em lances de bola parada.

Penáltis e pancadaria

Apesar da evidente superioridade do Liverpool, não houve mais golos até ao final e a eliminatória foi mesmo decidida nos penáltis. Neste capítulo, o FC Porto voltou a sair na frente, uma vez que Bem Doak, melhor marcador do Liverpool, começou por acertar no poste. No entanto, Jesus Díaz, irmão de Luís Diaz, o colombiano que trocou o FC Porto pelo Liverpool, falhou o penálti que qualificava o FC Porto e foram mesmo os ingleses os últimos a sorrir.

O jogo acabou com uma grande confusão no relvado, com trocas de empurrões e agressões que acabaram por ditar as expulsões de Gonçalo Ribeiro, Umaro Candé e ainda de Lewis Koumas do Liverpol. A parte mais triste de uma eliminatória que começou bem para o FC Porto, mas que acabou muito mal.