Sabia que treinador no Palermo é um dos empregos mais perigosos que existem? Que o diga Stefano Pioli, despedido ontem¿ dois jogos após a nomeação. A não qualificação do clube siciliano para a fase de grupos da Liga Europa causou a chicotada. «Não tinha confiança nele. Sobretudo tinha medo de ser despromovido», afirmou o presidente do Palermo, Maurizio Zamparini, à rádio italiana Mana Mana Sports.

Este despedimento é «apenas» o 21º desde a chegada a presidência de Zamparini, em 2002. Apesar dos bons resultados, com a subida a Serie A em 2004 (três vezes quinto classificado, e uma final da Taça no ano passado), o Palermo nunca encontrou estabilidade. Por exemplo, Francesco Guidolin, figura histórica do clube, foi contratado e despedido quatro vezes.

A 27 de Fevereiro, o Palermo foi humilhado (0-7) em casa pela Udinese. Furioso, Zamparini despediu Delio Rossi. «Destruiu a minha equipa, destruiu o meu Palermo. Não vale nada», contou o presidente, furioso. Rossi é substítuido por Serse Cosmi, que aguenta o cargo apenas um mês, após outra humilhação no derby com o Catánia, por 4-0. E o novo treinador é¿ Delio Rossi. Que volta a ser despedido no fim da época, por culpa da derrota na final da Taça perante o Inter.

Na Itália, Zamparini é tão famoso que ganhou a alcunha de «papa-treinadores», ou seja em italiano «mangia allenatore». Curiosamente, o novo treinador do Palermo, oriundo das camadas jovens, chama-se Devis¿ Mangia.