Zé Eduardo brilhou frente ao Benfica. No Estádio da Luz conseguiu segurar o nulo no resultado durante duas horas de futebol, mas o Penafiel acabou por sucumbir nas grandes penalidades. A noite de domingo acabou por recuperar o guarda-redes formado no F.C. Porto para o espaço mediático, ele que enquanto jovem foi muitas vezes falado.
Comparam-no até a Baía. Zé Eduardo não se importava. Aliás, até gostava. «Sou fã de Vítor Baía desde o dia em que nasci», conta em conversa com o Maisfutebol. «Acho que nem no último dia da minha vida irei ver um guarda-redes com tanta categoria quanto ele. Quando tinha oito e dez anos tinha posters dele no meu quarto».
«Quando jogava no Famalicão com oito anos pedia sempre camisolas iguais às dele. Mais tarde tive oportunidade de poder jogar com ele e foi um exemplo que me ficou para toda a vida. É um exemplo para mim e para todos os jovens que têm o sonho de jogar futebol. Para além de ter sido um excelente guarda-redes foi um ganhador».
Dizem até que quando era presença assídua nas selecções jovens gostava de imitar Vítor Baía. No cabelo, nas roupas, na postura entre os postes. Disso não se recorda, mas recorda-se de ser comparado ao ídolo portista. «Lembro-me que quando o Vítor Baía se transferiu para Barcelona fiz um torneio pela Selecção no Algarve», refere.
«Partilhámos o autocarro com a selecção de Espanha e lembro-me que os espanhóis me começaram a chamar Vítor Baía». Mas não eram os únicos. «António Violante também tinha o hábito de dizer que parecia o Baía. Disse-me várias vezes que estava encontrado o próximo Vítor Baía», refere enquanto vai ao baú de memórias da juventude.