Não era impossível (mas quase) a missão do Paços Ferreira na Rússia, mas Danny, numa exibição fantástica, encarregou-se de matar e enterrar bem fundo as esperanças dos castores na Liga dos Campeões. A goleada da primeira mão fez mexer as duas equipas para o segundo jogo dos play-offs.

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Costinha mudou cinco elementos do onze no Dragão, num jogo que, o próprio treinador pacense admitiu que seria um treino para a Liga Europa. Com a passagem à fase de grupos quase garantida, Spalletti também mexeu na equipa, deixando no banco jogadores importantes.

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Mas ambas as equipas mostraram cedo que não tencionavam jogar a passo. Um início fulgurante das duas formações deu oportunidade aos guarda-redes para brilhar, com ocasiões de golo sucessivas. Os pacenses sonhavam com um golo em São Petersburgo e os pés de Vítor e a cabeça de Manuel José quase o conseguiam. Mas foi do adversário que chegou o golo. Aos 30 minutos, após uma grande arrancada de Smolnikov e um cruzamento atrasado para Danny, o português abriu o marcador. Um balde de água fria para o Paços de Ferreira, que teria de marcar 6 golos para passar a eliminatória.

Num jogo equilibrado, pesava a qualidade individual de alguns jogadores do Zenit. E já na segunda parte, após um regresso forte da equipa portuguesa, Danny bisou. O internacional português fez um chapéu perfeito a Degrá.

O golo deixou os pacenses desnorteados. Notava-se a falta de experiência dos jogadores neste jogos internacionais. E, não inesperadamente, surgiu o 3-0. Após um cruzamento de Anyukov, Bukharov, num cabeceamento espetacular bateu o guarda-redes pacense. Mas logo de seguida, num grande remate de fora da área, Manuel José fez o golo de honra do Paços Ferreira.

Mas o marcador ainda não estava fechado. Aos 78 minutos, após um lance em que Vítor ameaçou a equipa adversária, o Zenit a ganhar um penalti e Arshavin não perdoou, fazendo o 4-1.

O Paços tentava retirar deste jogo, desta primeira experiência na Liga dos Campeões, tudo o que pudesse. Costinha mexeu novamente na equipa. Caetano entrou fresco e, nas primeiras vezes que tocou na bola, fez um excelente cruzamento para Carlão, que marcou o segundo do Paços, fazendo crescer novamente no jogo a equipa portuguesa.

A um minuto do final, Carlão ainda teve o seu segundo golo nos pés, mas acabaria por desperdiçar. Já nos descontos, Vítor, de livre, a obrigar Lodygin a uma grande defesa para evitar o golo. Mas o marcador não mexeria mais e a vitória expressiva do Zenit, no jogo e na eliminatória, é incontestável. O Paços Ferreira, apesar das derrotas, a mostrar alguns pormenores interessantes que poderá fazer render na Liga Europa.