Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, foi acusado formalmente pelo Ministério Público de mais de uma centena de crimes de corrupção passiva para acto ilícito e falsificação de documentos, noticia a imprensa esta terça-feira. Pinto de Sousa é o principal acusado no âmbito do inquérito às alegadas viciações das classificações de árbitros, um dos processos associados ao Apito Dourado.
De acordo com o Jornal de Notícias, Pinto de Sousa é acusado de um total de 144 crimes: «115 de falsificação de documento consumados e 29 eventualmente sob a forma tentada». O jornal escreve que a equipa liderada por Maria José Morgado «acusou 16 pessoas, arquivando os casos de dezenas de outros suspeitos, incluindo alguns dos nomes mais sonantes do futebol português, Pinto da Costa [presidente do FC Porto], Valentim [Loureiro, ex-presidente da Liga de Clubes] e João Loureiro [presidente do Boavista]».
Segundo o Diário de Notícias, foram acusados outros responsáveis da FPF, «incluindo membros do Conselho de Arbitragem de pelo menos duas associações de futebol e cerca de uma dezena de árbitros», e serão cerca de 20 os suspeitos propostos pelo MP para julgamento, entre os 50 arguidos originais.
A alegada viciação das classificações dos árbitros das três principais categorias de futebol profissional diz respeito às épocas de 2002/03 e 2003/04.