O Rosenborg é mais do que o clube de Trondheim. Quando o crónico campeão norueguês (são 18 título seguidos¿) joga em casa vêm pessoas de todo o norte da Noruega e até da Suécia para assistir.

Claro que este futebol nórdico é bem diferente do nosso, mas não é menos verdade que o Rosenborg tem sido, nos últimos anos, o mais digno representante desta forma por vezes demasiado óbvia de jogar futebol.

O clube gastou algum do muito dinheiro que tem ganho na Europa a melhorar o estádio, hoje dotado de 23 mil lugares. O relvado, num clima duro, é um dos principais problemas e por isso o clube investiu num sistema de aquecimento e cobertura que permite poupar o recinto.

Dizem os responsáveis que tudo estará em condições para o Benfica. O relvado tem sido poupado e poderá levantar um pouco durante o jogo, mas só isso. Milagres ninguém faz. A equipa também se tem poupado e os que estiveram em Lisboa, na quinta-feira, estão em condições de ser utilizados por Ola By Rise, na quarta-feira.

A relação entre o Rosenborg e cidade é cultivada até ao detalhe. Assim, sempre que treinam em casa os jogadores dispõem-se a almoçar com os adeptos, na sede do clube, também ela recuperada recentemente. É simples, os jogadores estão por ali e quem chega pode sentar-se à mesma mesa, conversar, tirar fotografias, pedir autógrafos.

É uma forma de estar totalmente diferente da nossa, baseada na abertura e no facto de nada haver a esconder. Esta quarta-feira, por exemplo, apesar da importância do jogo não haverá estágio. Os jogadores vão encontrar-se num hotel de Trondheim apenas depois do almoço e só nessa altura começarão a concentrar-se para o jogo com o Benfica. Umas horas depois começarão a tentar recuperar da desvantagem de 0-1 trazida (com sorte¿) da Luz.