O jogo da revolução. Provavelmente poucos se lembram do que significou o F.C. Porto-Naval da última época, que terminou com uma vitória dos portistas por 1-0.
Está mais presente na memória comum a derrota na Reboleira com o Estrela da Amadora (2-1) e o «frango» de Baía do que o encontro seguinte, que marcou nova etapa na vida dos dragões, então às ordens de Co Adriaanse. Perante um clima de contestação, o holandês virou a equipa do avesso, reconstruindo-a sobre um esquema de três defesas, entregou a baliza a Helton, deixou no banco figuras como Diego, Ibson, Lisandro, Jorginho e Vítor Baía e promoveu a estreia do avançado brasileiro Adriano.
Na sua primeira época na Liga, os figueirenses iam dar muito trabalho aos futuros campeões. Só um autogolo de Fernando, aos 30 minutos, iria permitir que o F.C. Porto somasse três pontos e se mantivesse a uma vitória de distância do perseguidor Benfica.
Apesar de ter retomado o caminho dos triunfos, Adriaanse regressaria aos balneários debaixo de um manto de contestação. É que perante a pobre exibição poucos adivinhavam o que se iria seguir.
Nessa época, a Naval conseguiria enganar os outros candidatos ao título no seu próprio estádio. Luz e Alvalade não viriam mais do que dois nulos (0-0).
Em casa, perante o F.C. Porto, também os figueirenses tinham mostrado pouco respeito (3-2). Esta temporada, foi um pouco mais fácil, com os homens de Jesualdo a vencer tranquilamente por 2-0. Marek Cech (10) e mais um autogolo, desta vez de Mário Sérgio (26), contribuíram de forma decisiva para os três pontos.
Agora, o F.C. Porto enfrenta uma fase delicada com duas derrotas consecutivas. Só esta sexta-feira se perceberá se a Naval é ou não o adversário ideal.