Figura bem conhecida na Europa e, particularmente, em Portugal, Júlio César está em Viena, onde encontrou um projecto ambicioso. Ainda não é o «Imperador», como chegou a ser apelidado na época passada quando jogava no Benfica, mas procura assumir uma posição importante no seu novo clube.

As escolhas de Cristoph Daum ainda não passam por si, pelo que na passada quinta-feira viu o F.C. Porto vencer 1-0 no Prater desde o banco de suplentes. «Foi um jogo em que não tivemos quase nenhuma oportunidade de golo, mas ainda falta um jogo, que tem 90 minutos para decidir a eliminatória», referiu, considerando que o Porto «tinha a intenção de conquistar o empate», por isso «a vitória foi super positiva». Como acredita que «enquanto houver 90 minutos para jogar as hipóteses mantêm-se», dá a eliminatória como aberta.

Do outro lado está um amigo de longa data do defesa-central. É Jankauskas, com quem esteve a conversar durante longos minutos no relvado do Ernst-Happel, ainda antes do início do encontro. «Estive com o Jankauskas na Real Sociedad e no Benfica. À parte da relação profissional, é um grande amigo meu», justifica. Júlio César acredita nas capacidades do seu companheiro e acha que ele vai fazer uma boa época de azul e branco: «É um jogador que tem grandes condições, mas não tem tido muitas oportunidades para marcar. Nos dois ou três jogos que o vi jogar no Porto quase não lhe serviram a bola. Trata-se de um rematador nato, que joga fácil, é inteligente e necessita de bolas para rematar. Uma vez conseguido isso, seguramente será o goleador do campeonato, pois tem condições suficientes para tal».

Observador atento da Superliga, Júlio César diz já ter visto «três jogos do F.C. Porto» e considera que José Mourinho ainda tem muito trabalho pela frente: «O Porto ainda não me convenceu, porque é uma equipa que não tem o entrosamento desejado. Há jogadores novos, que procuram o seu lugar, por isso tem que se dar algum tempo».

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