O FC Porto perdeu esta sexta-feira frente ao Milan, nos penáltis, e falhou o acesso à final da Youth League, que será assim disputada entre os rossoneri e o Olympyakos.
Os dragões entraram a perder, conseguiram a reviravolta, mas cederam o empate nos descontos. Depois, perderam na decisão dos penáltis.
Em Nyon, o FC Porto tentava repetir a final de 2019, e assim tentar levantar o «caneco» pela segunda vez, após essa vitória frente ao Chelsea. Pela frente tinha um Milan que havia sido carrasco do Sp. Braga nos quartos de final, e que é um sobrevivente – já lá vamos.
E foram os italianos a entrar melhor. Com vantagem física, conseguiram mais cedo impor o seu jogo e condicionar por completo as intenções azuis e brancas, muito tímidas no ataque.
O golo de Filippo Scotti, aos 12 minutos – a aproveitar um erro de Gabriel Brás –, só dava mais força a essa entrada mais feliz do Milan.
Após a meia-hora, um jogo diferente
A partir da meia-hora, no entanto, tudo mudou.
O FC Porto soltou-se das amarras físicas do Milan, conseguiu ter mais presença no ataque – importante o papel de Martim Fernandes e Gonçalo Sousa no corredor direito –, e a partir daí, sim, pegou no encontro.
Bartesaghi, com um corte fundamental, impediu o 1-1 aos 35 minutos, mas esse golo surgiu mesmo pouco depois, aos 41 minutos, através de um penálti exemplarmente cobrado por Jorge Meireles.
Justiça reposta.
O embalo estava ganho, e permitiu à equipa de Capucho continuar a ser dona e senhora das operações no relvado. Rodrigo Mora, talvez o mais talentoso em campo, soltou-se, pediu protagonismo e com isso apareceu o melhor FC Porto na Suíça.
Gabriel Brás, a redimir-se do erro no 1-0 do Milan, fez a reviravolta com um grande cabeceamento aos 65 minutos, e a partir daí a partida ficou definitivamente a favor dos dragões.
O Milan, mais na crença do que propriamente no processo, tentou ir para cima do adversário, e naturalmente abriu espaços junto à sua baliza.
Gonçalo Sousa atirou ao lado, Rodrigo Mora acertou no poste e até Gil Martins falhou praticamente de baliza aberta, antes de Anhá Candé também ter desperdiçado o 3-1 em duas ocasiões.
O conjunto portista não fechou o jogo, deixou o Milan acreditar, e o resto é futebol. Quem não marca, sofre, Gabriel Brás voltou a comprometer na defesa e, nos descontos, Simmelhack fez o 2-2.
A lotaria dos penáltis, ou então não
Ora, pode dizer-se que os penáltis são uma lotaria, e se o são, então este Milan é uma equipa riquíssima.
Primeiro o Real Madrid nos oitavos de final, depois o Sp. Braga nos «quartos» e agora o FC Porto: todos caíram aos pés dos rossoneri no desempate por penáltis e são os italianos, sobreviventes, que vão jogar a final de segunda-feira (17h00), frente ao Olympiakos.