Figura de proa do FC Porto de Paulo Fonseca, o que lhe garantiu um lugar na Seleção Nacional, Josué, 23 anos, foi um dos jogadores sacrificados na revolução tática operada por Luís Castro. O internacional português deixou de ser primeira ou sequer segunda opção, sendo muitas vezes deixado fora da lista de convocados. Este domingo voltou a fazer um jogo completo e esteve em grande destaque na vitória sobre o Sp. Braga ( 3-1), com duas assistências.

Considerado como um dos jogadores da confiança do ex-treinador, o médio nunca desistiu de lutar pelos ideais do clube, pelos resultados e por um lugar na equipa. Mesmo na sombra, Josué teimou em não perder o sorriso, como confessou nas redes sociais.



Foi difícil ser votado ao esquecimento, com um Mundial à porta e a vontade de continuar a crescer dentro do clube do seu coração. Desde que Castro assumiu o comando técnico da equipa o meio-campo passou a ser ocupado por Fernando, Defour e Carlos Eduardo, esporadicamente por Quintero e muito ocasionalmente por Herrera. O português raramente foi solução.

Jogou 27 minutos em Nápoles e ajudou a equipa a seguir em frente na Liga Europa; foi titular com o Belenenses, mas substituído ao intervalo; viria a cumprir 22 minutos no triunfo sobre a Académica e foi convocado para Sevilha, mas não saiu do banco. Antes do jogo ainda partilhava alguma felicidade com o colega de quarto, o colombiano Quintero.



Braga seria o local escolhido para o regresso, aproveitando a rotatividade promovida pelo treinador para poupar alguns jogadores para a Luz. Josué voltava a fazer 90 minutos quase dois meses depois (última vez com Gil Vicente, a 16 de fevereiro) e retribuiu com uma exibição consistente e duas assistências para dois colegas de meio-campo: primeiro para Carlos Eduardo, depois para Quintero.

O médio português é agora o portista com mais assistências (5), tendo ultrapassado Varela (4), às quais se somam os quatro golos apontados (todos de grande penalidade).

A esperança de Josué reside na vontade de conquistar a confiança do treinador para os desafios que restam do campeonato, Taça e Taça da Liga, para que momentos como este possam regressar em breve.


O triunfo do FC Porto em Braga deixa a luta pelo segundo lugar em aberto e serve para demonstrar que as segundas escolhas da equipa ainda conseguem fazer algo de positivo. O estado de felicidade da equipa no final do jogo serve para comprovar que numa temporada tão negativa qualquer triunfo serve para tratar as muitas feridas.

« Gracias Dios ' una victoria muy importante #somosporto»