Nuno Gomes agradece-lhe a adaptação fácil. Rui Costa fá-lo com gosto e regista a evolução, que aplaude. «Ele está muito bem visto em Itália», garante. «Os adeptos têm-no em alta consideração». Admite, sem esforço, que Nuno faz por merecer, que o jeito do parceiro de muitas conversas e lances convenceria os mais cépticos, em qualquer parte do Mundo. «As pessoas estão a gostar dele», insistiu. «Inseriu-se bem no grupo e tem tudo aquilo que um adepto de futebol aprecia: aquela vontade, aquele querer, que o fizeram distinguir-se no Benfica». 

Nuno «vai bem», mas Rui já o avisou para não desesperar com missões impossíveis ou, pior do que isso, aceitá-las. Batistuta deixou Florença, mas ninguém, por mais brilhante que seja, o arrancará da cabeça dos adeptos, dos portões do estádio ou das paredes da cidade. «Foram nove anos», argumenta. «Pela primeira vez, a Fiorentina joga sem ele e os adeptos parecem não perceber ou não querer perceber». Mas Rui Costa percebe: «Mais do que os golos que marcava, Batistuta tinha carisma, era a bandeira da equipa, o jogador mais famoso». Por outras palavras: «As pessoas não o esquecem. Podem, quando muito, adaptar-se a uma nova realidade». Não é por aí, Nuno!