Com a chegada de José António Camacho ao Benfica, assistiu-se a algumas mudanças estruturais no clube. António Bernardo, colaborador da Benfica SAD, deixou de exercer funções. O responsável estava ao serviço dos encarnados desde Setembro. Chalana continuou como treinador-adjunto, mas perdeu algum «poder», já que deixou de sentar-se no banco de suplentes durante as partidas, lugar agora ocupado por Pepe Carcelén, o técnico-adjunto que chegou à luz na companhia de Camacho.

A fórmula das concentrações também foi alterada. José António Camacho reduziu o número de elementos que segue para estágio. O treinador quer isolar a equipa e dispensou a presença de algumas pessoas. João Malheiro, director de comunicação, Pedro Almeida, psicólogo do clube, e Samir Shaker, treinador dos guarda-redes, deixaram de fazer parte da comitiva. Esta redução deverá estender-se a José Gomes, preparador fisco, para que este oriente o treino matinal dos não convocados.

As mudanças na estrutura do futebol profissional levaram ainda a que António Simões, responsável pela condução das negociações para a contratação de Camacho, ficasse numa posição de maior protagonismo. O director-geral da SAD passou a ser o delegado aos jogos, sentando-se assim no banco, papel que era desempenhado antes por Luís Filipe Vieira, presidente da SAD. De fora ficou Chalana que, no jogo com o Gil Vicente, assistiu à partida do banco suplementar colocado perto do banco de suplentes.

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