Aos 28 anos, o esquerdino Kenedy, que viveu alguns momentos de glória nas suas passagens pelo Benfica, F.C. Porto, PSG e até ao nível das selecções mais jovens, atravessa um grande momento de forma, sendo «pedra» importante na manobra da equipa madeirense. O Marítimo ocupa o quinto lugar da tabela classificativa da I Liga e está até em condições de morder os calcanhares ao Benfica e FC Porto na luta por um lugar que dê acesso à Taça UEFA.

No último domingo, frente ao Braga, Kenedy esteve uma vez mais em destaque e, embora não marcando nenhum dos quatro golos da sua equipa, participou em três dos lances e ainda criou mais algumas boas situações desperdiçadas por alguns companheiros.

Numa altura em que a competição caminha para o seu final e com o Mundial à porta, Kenedy não esconde uma «secreta» esperança que lhe vai na alma. «O Marítimo é uma excelente equipa e está a praticar um bom futebol e isso facilita a minha actuação em termos individuais», começou por referir, não poupando elogios ao colectivo madeirense.

Depois, comentou a questão da selecção: «Tenho a consciência que as minhas exibições em termos individuais e as do Marítimo não passam despercebidas à imprensa e não só». Mas, em seu ver, «há muitos e bons jogadores no futebol português, com qualidade para estar na selecção, mais os que não estão no nosso país». «É capaz de ser complicado ao António Oliveira escolher os 23 para o Mundial. No entanto, tenho uma esperança que possa vir a fazer parte desse lote.»

Kenedy continuou a falar ao Maisfutebol com grande sinceridade: «Penso que merecia uma oportunidade, pois seria um prémio para o trabalho que venho efectuando». Só que o « seleccionador pode não pensar assim e como tal aceito as escolhas que fizer». «Gostava de ir ao Mundial mas não vivo obcecado por tal», resume. Para Kenedy o mais importante é que «o Marítimo continue a somar vitórias».

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