Scolari regressa a «casa». Dezoito anos depois ter levado o Grêmio de Porto Alegre à conquista da Libertadores, Felipão volta ao comando do conjunto gremista, iniciando terceira passagem pela formação tricolor.

Apesar de ter tido como primeira intenção só voltar a treinar no próximo ano, após o desastre das derrotas 1-7 com a Alemanha e 0-3 com a Holanda, Felipão acabou por aceitar o convite para dirigir o Grêmio.

E explicou porquê, na apresentação, esta quarta, em Porto Alegre: «Gostaria de agradecer pelos elogios. Mas o que eu quero dizer é que se eu pensei ou fui induzido a pensar em voltar ao futebol depois de terminar um trabalho em que tinha outra ideia na minha mente, o único time que eu pensaria seria o Grêmio. Todo mundo sabe que sou gremista, todo mundo sabe que aqui sempre foi minha casa. O único convite que eu aceitaria seria o Grêmio. Por isso, quando o senhor falou comigo, conversamos, por este sentimento. O Grêmio é diferente. Voltaria neste momento, que eu também preciso de um abraço, de um carinho, de pessoas que me ajudem, o Grêmio é este time. Nada me faz mais feliz que estar aqui hoje», comentou.

Foi no Grêmio que Scolari teve primeira experiência ao comando de um grande clube brasileiros (1987) e foi na segunda passagem que conquistou o título sul-americano (1995) e ainda dois estaduais gaúchos.

Há quatro anos sem vencer qualquer título, o Grêmio aposta em Scolari para voltar a ser feliz: «A ideia é seguir além dos seis meses iniciais. Para repetir os anos 90 quando formamos aquele grupo. Temos ideia de repetir a formação de um grupo jovem, como formamos naquela época. Começamos um trabalho de renovação com uma ida minha assistir jogos dos juvenis. De lá saíram Émerson, Roger, Carlos Miguel. Vejo no Grêmio muitos jovens e me informei sobre a base. Vejo que podemos montar um grupo com o tempo e essa identificação pode existir», afirmou Felipão.