Nem os pingos de chuva pontuais, nada comuns no mês de agosto, perturbaram os perto de 20 mil adeptos que rumaram ao Estádio do Dragão para ver um raro treino aberto e perceber como será este novo FC Porto com Nuno Espírito Santo.

A dois dias da apresentação oficial, que contempla um jogo particular frente ao Villarreal, os adeptos mataram saudades do recinto e de vários jogadores, enquanto acompanhavam os reforços (Felipe, Alex Telles e João Carlos Teixeira) e habituavam-se às novas caras da equipa técnica.

O Estádio do Dragão apresenta desde logo um par de mudança visíveis: nos bancos de suplentes, novinhos em folha, tal como nos ecrãs gigantes, com uma qualidade de imagem assinalável.

Pelas 18 horas, já com milhares de pessoas nas bancadas, o plantel azul e branco entrou no relvado num ambiente de festa e esperança.

Desde 1 de janeiro de 2015 que os adeptos não viam uma sessão de trabalho do FC Porto. Neste início de ano civil foi quebrada a tradição porque estava à porta um duelo importante com o Sporting, ainda sob o comando de Julen Lopetegui.

Julen Lopetegui saiu pouco depois, Rui Barros assegurou a transição, José Peseiro terminou a época. Segue-se Nuno Espírito Santo. Com ele chegaram o adjunto Rui Pedro Silva, o treinador de guarda-redes Rui Barbosa e o preparador-físico António Dias, mantendo-se Rui Barros como adjunto da casa.

Enquanto os jogadores se dividiam em dois grupos para uma fase de meinhos, a um toque e dois jogadores atrás da bola (guarda-redes incluídos), Nuno ia acompanhando à distância e trocando impressões com Rui Barros.

Quinze minutos depois, o preparador-físico António Dias – um regresso ao FC Porto – deu por concluídos os meinhos e levou os jogadores de campo para dois circuitos de obstáculos, enquanto os três guarda-redes seguiram com Rui Barbosa para uma sessão de remates de meia-distância.

Por volta das 18h15, o plantel foi partido em três equipas de sete elementos para um exercício de circulação rápida. Em menos de metade do relvado, com oito pequenas balizas, duas equipas trocavam a bola enquanto a outra procurava anular as jogadas, com Nuno Espírito Santo a comandar e a fazer correções pontuais.

Às 18h35 os jogadores fizeram uma pausa para beber água, abrindo caminho para a fase mais aguardada: o mini-treino de conjunto. Como seria de esperar, numa sessão completamente aberta, não houve espaço para exercícios de ordem tática.

Iniciou-se então o período de mini-jogos a meio-campo. Os três guarda-redes juntaram-se às equipas previamente definidas de sete jogadores de campo. Ficou assim:

De branco: Casillas, Maxi Pereira, Felipe, João Carlos Teixeira, Rúben Neves, Jesus Corona e Aboubakar.

De laranja: João Costa, Chidozie, Reyes, Herrera, André André, Danilo Pereira, André Silva e Adrián López.

De azul: José Sá, Layún, Marcano, Alex Telles, Evandro, Silvestre Varela, Alberto Bueno e Brahimi.

Adrián López marcou o primeiro golo, os restantes foram de Aboubakar (2), Rúben Neves, Evandro, Brahimi, André Silva e André André.

A equipa que ficava de fora fazia exercícios de alongamento atrás de uma das balizas. Esta fase prolongou-se por cerca de meia-hora. Às 19h10, a bola parou de rolar.

O plantel alongou e foi perto de uma das bancadas agradecer a presença dos cerca de 20 mil adeptos. Há esperança e motivação, sem euforia, pois o FC Porto vem de uma fase negra e o futuro discute-se nos relvados. O pontapé de saída oficial está para breve.