O treino do Marítimo desta quinta-feira terminou mais cedo, após dois desentendimentos entre jogadores da equipa madeirense, que defronta o Sporting no sábado, em Alvalade, em jogo da 29ª jornada da Liga.

Com cerca de 45 minutos de treino, houve um primeiro confronto entre Edgar Costa e Éber Bessa, obrigando à separação dos jogadores, mas não à interrupção da sessão. No entanto, logo de seguida, ocorreu nova discussão, desta feita entre Rúben Ferreira e Lynneeker, ainda mais acesa, o que levou Nelo Vingada a parar o treino. Os ânimos exaltaram-se ainda mais quando os atletas caminhavam para os balneários, noticia a Agência Lusa.

O técnico do Marítimo abordou a atitude dos jogadores na conferência de imprensa: «Hoje foi um dia menos bonito daquilo que é a verdadeira dimensão do Marítimo. Não me revejo neste tipo de comportamentos. O Marítimo não se revê nem merece este tipo de comportamento que alguns dos seus profissionais tiveram», referiu.

Vingada não esclareceu se os jogadores vão ser convocados para a deslocação a Alvalade, mas afirmou que o assunto não vai passar impune e foi mais longe. «Na minha carreira de treinador, foi a primeira vez que aconteceu e já trabalhei em ambientes muito mais conturbados do que este, como no Irão ou no Egipto. Nunca vi uma coisa destas», garantiu.

Carlos Pereira preferiu não valorizar o que aconteceu. «Com quase 40 anos de desporto, já vi tanto e já se passaram tantas coisas bem mais graves do que aquela que aconteceu. São situações que não devem acontecer, mas que, no futebol e no desporto, acontecem com alguma frequência», afirmou. O presidente do clube insular assegurou que a situação vai ser analisada, as partes em questão vão ser ouvidas e a decisão irá ser tomada juntamente com o departamento jurídico do clube.