Quarta vitória consecutiva, terceira para a Liga. Lar, doce lar.

O Vitória soma e segue na fortaleza do Bonfim. A vítima foi agora um penoso Nacional, paciente acometido aos cuidados intensivos e com poucas perspetivas de melhoras a breve prazo.

Com 12 pontos, o Nacional visitou terras do Sado apenas com os três pontos em mente. Pedrag Jokanovic, o homem que se seguiu a Manuel Machado, admite que o cenário está pintado de negro e que nem um ponto conquistado aos solavancos contribui para o atenuar.

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Mas nem isso os insulares conseguiram. Frente à equipa de José Couceiro, que voltou a testar alternativas para os lugares dos antigos titulares André Geraldes e Ryan Gauld (o extremo Arnold baixou para lateral direito e André Claro voltou ao onze mais de um mês depois), os alvinegros fizeram por justificar outro resultado, mas acabaram por claudicar na perto do fim.

Entrada interessante do conjunto insular, a conseguir anular quase por completo a produção ofensiva de um Vitória demasiado precipitado e incapaz de se superiorizar nas batalhas no meio-campo. A equipa madeirense tentava explorar as naturais fragilidades de Arnold por intermédio de Willyan, mas não deu seguimento às investidas pela esquerda do ataque e acabou a primeira parte apenas com oportunidades de bola parada, primeiro por Tiago Rodrigues e, depois, por Hamzaoui.

Com dificuldades para carburar e Edinho muito isolado na frente de ataque, ainda assim o Vitória até podia ter ido para o intervalo na frente do marcador, num dos poucos lances em que André Claro se conseguiu mostrar em toda a partida.

Os sadinos regressaram para a etapa complementar decididos a fazer mais e melhor do que no primeiro tempo, mas o Nacional, com a dupla de centrais muito sólida e o meio-campo competente, acabou por pegar no jogo.

Carregou sobre a equipa da casa. Agra teve na cabeça uma ocasião soberana à passagem da hora de jogo e Tiago Rodrigues atirou depois para enorme defesa de Varela.

Os homens de Predrag Jokanovic faziam por justificar outro resultado que lhes dava os tais três pontos que lhe permitiam respirar melhor na classificação.

Começava a desenhar-se o cenário de um empate, mas Venâncio voltou a vestir a pele de matador e numa subida à área contrária aos 86 minutos e levou o Bonfim ao delírio, num jogo em que acabou por ser melhor o resultado do que a exibição.

O Vitória fecha a primeira volta com 22 pontos, curiosamente os mesmos que tinha na temporada transata por esta altura. Nada mau, mas ainda falta o resto.