Do destino do plantel da Portugal Telecom ainda nada se sabe. Para já, a única certeza que existe é que esta terça-feira a formação orientada por Luís Magalhães vai pôr fim a sete anos de competições profissionais, conservando a mesma vontade de jogar até ao último segundo.

«Eles são profissionais, têm um contrato a cumprir e vão cumpri-lo até ao fim», afirma Pires Antunes, responsável pela equipa, que pode tornar-se a primeira equipa a conseguir três títulos nacionais consecutivos na história da Liga Profissional.

É com alguma emoção que Pires Antunes descreve os contornos de um «projecto» que ficará na memória de todos os que gostam de basquetebol. «Por razões de gestão, a empresa decidiu terminar o projecto. Este foi um projecto de sucesso e é isso que é importante reter. Foi um projecto que fez muitas coisas bonitas no basquetebol, de que certamente as pessoas se vão lembrar por muitos anos», comenta.

Sobre a rescisão de contratos, Pires Antunes prefere encarar a questão com naturalidade, desvalorizando a situação dos jogadores. «Cada jogador tem o seu orgulho profissional e estão a defender a sua posição. Não estão manietados pelo facto dos seus contratos chegarem ao fim. É uma situação normal para eles», refere. «Todos os jogadores são anualmente confrontados com a possibilidade de prorrogar os seus contratos ou de terem de mudar de equipa. Esta é uma realidade profissional que eles têm de encarar, porque não têm contratos vitalícios. A maior parte deles não tem sequer contratos plurianuais, têm contratos à época», explica o responsável, que prefere virar a página, acreditando no futuro da modalidade em Portugal.

«O projecto chegou o fim... Mas o basquetebol vai continuar e as coisas boas irão ficar na memória dos amantes da modalidade. Não vale a pena chorar agora sobre o leite derramado», conclui.