Para Paulo Bento, o «caso Bosingwa» está «completamente encerrado». Em entrevista SportTV, o seleccionador nacional frisou que as declarações do médico Henrique Jones, a explicar a lesão do lateral português, são «normais e óbvias» e que, por isso, não pensa voltar a este assunto.

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«Não estou a forçar a renovação»

«Posso garantir que não tomo decisões de forma inconsciente. Tenho dados na minha posse para as tomar e esta não fugiu à regra. Fizemos demasiadas coisas boas neste trajecto para nos preocuparmos com isto», afirmou Paulo Bento na entrevista.

O seleccionador rejeitou ainda haver bases para, como reclamou Bosingwa, fazer qualquer pedido de desculpas ao jogador do Chelsea: «Não tenho que pedir desc a quem quer que seja. Já disse que só tomo decisões em consciência», sublinhou. O seleccionador lembrou também que Bosingwa continuou a integrar as pré-opções da Selecção, e que a decisão final foi tomada pelo próprio futebolista, ao afirmar que não voltaria à Selecção com o actual seleccionador: «Ele disse que não voltaria à Seleção enquanto Paulo Bento fosse selecionador, por isso é uma decisão dele».

Rejeitando a veracidade de uma versão posta a circular em que teria havido uma interpelação azeda por parte de Bosingwa a precipitar o extremar de posições («é mentira»), Paulo Bento aceitou ainda abordar a referência ao seu comportamento enquanto jogador da Selecção, no Euro-2000: «As situações não são comparáveis. Sei que quem as compara o faz por questões pessoais, e não numa situação de honestidade e seriedade, porque esses são valores que não tem. Não se podem comparar estas situações. O que fiz em 2000 não foi agradável para ninguém, fui penalizado e voltei à selecção porque o seleccionador assim o entendeu. Se não fosse convocado jamais reivindicaria o que quer que fosse», frisou.

A encerrar o tema, Paulo Bento esclareceu também o que o levou a abordar o tema Bosingwa com mais pormenores depois da vitória sobre a Bósnia: «Não senti necessidade de falar. Apenas respondi a uma questão que me foi posta, e noutros momentos não o fiz porque achei que não devia». O seleccionador rejeitou por fim ter um sentimento de desilusão perante o sucedido com Ricardo Carvalho e Bosingwa: «Não é uma questão de desilusão. Os actos ficam com quem os pratica», concluiu.