A dois meses da Taça das Confederações, o governo russo endurece as medidas contra os causadores de distúrbios, sejam russos ou estrangeiros. Vladimir Putin promulgou esta segunda-feira uma lei para proibir a entrada de «hooligans» estrangeiros na Rússia, durante o período em que ocorram competições desportivas.

A nova legislação prevê dobrar as multas para os espetadores que violem «as regras das manifestações desportivas», até perto de 40 000 rublos (o que corresponde a 670 euros). Se forem russos, ficam ainda impedidos de aceder a recintos desportivos por um período de um a sete anos.

No caso de o infrator ser estrangeiro, a coima pode ser acompanhada de uma pena de prisão até 15 dias. Além de receber imediatamente ordem de deportação, como aconteceu com ultras russos durante o Euro 2016. Recorde-se que os incidentes protagonizados estiveram a ponto de afastar a seleção russa do torneio realizado em França.

A nova legislação não inclui atos de violência cometidos à margem dos eventos desportivos, uma vez que o Parlamento russo já tinha endurecido a lei no ano passado. Na altura, o executivo propôs penas de prisão até sete ou oito anos, caso os autores fossem apanhados na posse de petardos ou tochas.

A Taça das Confederações decorre entre 17 de junho e 2 de julho em solo russo.