A FIGURA:

Pedro Santos

O Sp. Braga até estava por baixo, quando o ala dos minhotos começou a mexer com o jogo. Sozinho, durante um bom período da primeira parte, carregou com a equipa às costas, jogou, fez jogar e só não marcou por manifesta falta de sorte. Em menos de dez minutos criou as três primeiras ocasiões e golo dos arsenalistas. Primeiro a assistir Rafa, que rematou cruzado às malhas laterais (13’), depois a visar a baliza de Cássio: aos 15’, num remate frontal para defesa a dois tempos, e aos 21’, também à entrada da área, a atirar rasteiro e a levar a bola a embater no poste. A agilidade que imprimia às transições ofensivas foi-se perdendo com o decorrer do segundo tempo. O Sp. Braga ressentiu-se da sua quebra física. Ainda assim, grande exibição.

O MOMENTO: Minuto 90’+3. Não entrou… por Wakaso

Era um Rio Ave demasiado curto a procurar o empate na eliminatória. Mesmo a terminar o jogo com três pontas-de-lança em cunha, as oportunidades na área do Sp. Braga rareavam… Até que Wakaso entrou na área e, com quase toda a equipa rioavista à espera de um passe, atirou forte e cruzado na direção da baliza… A bola bateu nas redes laterais da baliza de Matheus e enganou até alguns adeptos do clube de Vila do Conde, que por momentos festejaram o golo.

NEGATIVO: festa quase estragada

Começou em festa e com um grande ambiente o jogo em Vila do Conde, que terminou com nervos à flor da pele por parte do público da casa. A impotência do Rio Ave para chegar ao golo que valeria o empate na eliminatória deu lugar à contestação à equipa de arbitragem e de seguida a uma chuva de cabos de bandeira (de plástico) sobre o relvado. Após o final, a contestação levou Lionn a ser expulso pelo árbitro e houve até um adepto a ser retirado da bancada e levado para o relvado pelas forças policiais.

OUTROS DESTAQUES:

Cássio

Se o Sp. Braga marcasse praticamente arrumava a eliminatória. E se os minhotos não marcaram foi sobretudo pela ação do guarda-redes brasileiro do Rio Ave. Numas ocasiões teve mérito ao cobrir a baliza, obrigando os arsenalistas que apareciam na sua cara a colocarem a bola que acabariam por falhar o alvo, noutras coube-lhe o papel de protagonista ao segurar nas mãos o golo do adversário.

Kayembe

O Rio Ave entrou com ganas, mas foi perdendo fôlego a partir do primeiro quarto de hora. O extremo belga, que no fim-de-semana deu a vitória sobre o Boavista para a Liga, foi o que sobrou em termos de vitalidade e inconformismo na primeira parte. Kayembe sempre com pilhas causou vertigens aos bracarenses, mas nem sempre foi suficientemente esclarecido na hora de fazer o último passe.

Stojiljkovic

Tem um nome difícil de dizer, mas o seu estilo é fácil de decorar. O sérvio, que esta época já fez uma dúzia de golos pelos minhotos, é um avançado de grande categoria. Esta noite ele foi um tormento para Marcelo. Pôs à prova o central brasileiro do Rio Ave uma mão cheia de ocasiões. O melhor exemplo disso, aos 33’, quando ganhou a dividida com o seu marcador direto, entrou na área e na cara do guarda-redes Cássio quis colocar tanto que a bola saiu a centímetros do poste.