Não foi um triunfo brilhante, mas foi o triunfo possível. O Famalicão venceu este sábado o Oriental, por 3-0, e garantiu a continuidade na Taça de Portugal.

A manhã foi de sol no Engenheiro Carlos Salema, em Marvila, mas o futebol, esse, não se pode dizer que tenha brilhado muito. Culpa do relvado, mas não só.

Perante um adversário do Campeonato de Portugal, nem se pode dizer que João Pedro Sousa tenha facilitado na escolha do onze, já que o técnico mudou apenas três peças em relação à equipa que bateu o Marítimo: Luiz Júnior, Jhonata e Trotta entraram para os lugares de Vaná, Lameiras e Dyego Sousa.

Mas nem por isso a equipa nortenha entrou bem na partida. Os primeiros 45 minutos foram passando e o Famalicão nunca foi capaz de entrar verdadeiramente no jogo. As dificuldades para chegar à baliza contrária foram muitas, e só as iniciativas individuais de Valenzuela na direita foram tentando disfarçar uma exibição pobre.

Para isso, repetimos, muito contribuiu o mau estado do relvado, que prejudicou claramente os famalicenses e o seu jogo de posse, e o bloco compacto com que o Oriental se apresentou. A viver um mau momento no campeonato – ainda sem qualquer vitória – os lisboetas tentaram agarrar-se contudo à Prova Rainha e na primeira parte não facilitaram em nada a tarefa ao adversário.

Gil Dias ouviu bem a lição                

Ao intervalo, João Pedro Sousa não tinha razões para sorrir. Não se sabe o que é que o técnico disse no balneário à sua equipa, mas surtiu efeito.

O Famalicão entrou com outra atitude, a pressionar mais à frente, e não demorou muito a inaugurar o marcador. Gil Dias ouviu bem a lição do seu treinador e deu vantagem ao Fama aos 51 minutos.

A partir daí, a história do jogo praticamente ficou fechada. A estratégia do Oriental teve obrigatoriamente de mudar, mas a equipa da casa nunca foi capaz de ativar o chip ofensivo e ameaçar a baliza de Júnior – só o fez por uma vez, num lance de bola parada.

E o Famalicão, sem precisar de carregar muito no acelerador, ainda conseguiu fazer mais dois golos. Ruizinho, com um autogolo, e Diogo Queirós – estreia a marcar – fecharam o resultado em 3-0.

Frisa-se a ideia inicial: não foi um triunfo brilhante, mas foi o triunfo possível. E sem quaisquer calafrios. Seguem em frente os homens de João Pedro Sousa.

FICHA DE JOGO

Oriental-Famalicão, 0-3

Estádio Engenheiro Carlos Salema, Marvila, Lisboa

ORIENTAL: Hugo Mosca, Tomás Silva, Fábio Marinheiro, Dudu e Bruno Simão; David Crespo (65m), Ruizinho e Rafa Santos (79m); Caminata (69m), Varudo (69m) e Douglas (79m).

Suplentes Oriental: Guerreiro, Rúben Gouveia (69m), Fati, Rafa Pinto (69m), Márcio Augusto (65m), Hélio Roque (79m) e Camará (79m).

FAMALICÃO: Luiz Júnior, Edwin Herrera, Diogo Queirós, Babic e Gil Dias (85m); Gustavo Assunção, Pereyra (81m) e Iván Jaime (75m); Valenzuela, Jhonata (85m) e Marcelo Trotta (85m).

Suplentes Famalicão: Zlobin, Cabrebra (85m), Trevisan (85m), Guga (81m), Riccieli, Bruno Jordão (75m) e Jorge Ferreira (85).

Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa)

Assistentes: Bruno Jesus e Ricardo Santos

DISCIPLINA

Amarelo para David Crespo (61m); amarelo para Babic (79m); amarelo para Cabrera (87m)

GOLOS

Gil Dias (51m); Ruizinho p.b. (68m); Diogo Queirós (84m).