O sorteio ditou que o modesto Angrense receba o FC Porto na IV eliminatória da Taça de Portugal, uma «dádiva» para o clube açoriano da ilha Terceira nas palavras de Avelino Luís, antigo presidente do clube, que representou a equipa do Campeonato Nacional no sorteio realizado esta sexta-feira na sede da Federação Portuguesa de Futebol.

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«Para a ilha e para o Angrense foi uma dádiva. Não há dúvida que receber o FC Porto numa ilha tão distante do continente vai ser uma festa para a ilha Terceira e para os Açores todos», destacou o antigo dirigente de um clube que já foi, nos anos sessenta, a terceira deleção do Benfica.
 
«O Angrense milita há dois anos no Campeonato Nacional, é um clube totalmente amador, um clube de base de formação, temos trezentos e tal miúdos, nove equipas de escalões de formação, mais de cinquenta por cento dos atletas são formados no clube. Para nó é uma grande alegria receber o FC Porto», prosseguiu o emocionado delegado do clube açoriano.
 
Uma festa que implica uma mudança de estádio, uma vez que o Municipal de Angra do Heroísmo, onde costuma jogar o Angrense, não reúne condições para receber um clube como o FC Porto. «Em virtude da legislação, vamos jogar no Estádio João Paulo II», contou o antigo dirigente, em alusão ao estádio onde joga o Lusitânia, com capacidade para cinco mil adeptos.
 
Quanto às expetativas desportivas do Angrense. «Não há dúvida que é uma alegria. Para nós o que vai contar é a festa, receber o FC Porto. A ilha vai estar toda no João Paulo II», referiu ainda Avelino Luís.