* por Pedro Morais 


A figura

Rúben Ribeiro:
 Golo a selar a Europa. Depois de Ukra marcar aos 27 o golo que lançou o Rio Ave rumo à final, Rúben Ribeiro disferiu a machadada final nas esperanças bracarenses com o segundo, aos 70 minutos. Recebeu na esquerda, trocou as voltas a Aderlan Santos e puxou para o meio, de pé direito à entrada da área finalizou. Um remate forte e colocado, Eduardo ainda toca mas sem efeitos práticos. E este golo aconteceu apenas seis minutos depois de Rúben ribeiro entrar (64min). Das primeiras vezes que tocou na bola, decidiu. Vene, vidi, vici, como quem diz, chegar, ver e vencer. Rio Ave na Europa!


O momento

Ukra surpreende: 27 minutos de jogo, livre na esquerda e toda a defensiva bracarense, Eduardo incluído, à espera do cruzamento saído do pé direito de Ukra, mas o extremo tem uma ideia diferente. Bate direto para a baliza e apanha Eduardo desprevenido. A bola bate na trave e acaba no fundo da baliza do Braga. Loucura em Vila do Conde e uma vitória por 2-0, consumada por Rúben Ribeiro, aos 70. É a segunda vez que o RIo Ave chega ao Jamor. A primeira foi em 1984, com Mourinho Félix - pai de José Mourinho - ao comando.


Outros destaques:

Pedro Santos: Velocidade, inteligência e perigo iminente. O extremo foi a surpresa no 11 de Nuno Espírito Santo e começou a partida do lado direito, mas não limitou o raio de acção ao flanco. Deu muito trabalho à defesa do Braga ao aparecer várias vezes no meio do terreno e saiu dos pés do número 23 do Rio Ave grande parte dos lances de perigo dos vila-condenses. Aos 15 minutos tirou um cruzamento que a defesa bracarense não conseguiu aliviar e Ukra surgiu para o remate, mas a bola saiu enrolada e para defesa fácil de Eduardo. Aos 30 minutos roubou bem uma bola no meio campo arsenalista e à entrada da área com espaço rematou para nova defesa segura de Eduardo. À saída para o intervalo foi protagonista de mais um lance perigoso com um remate muito forte ao lado da baliza adversária. Foi, a par de Ukra, a figura da primeira parte, este último o autor do golo vila-condense.

Ukra: Os laterais do Braga não tiveram descanso enquanto lá esteve. Com Pedro Santos a fazer uma grande exibição na direita e Ukra ao mesmo nível na esquerda, Joãozinho e Milikovic, respetivamente, tiveram muitas dificuldades para parar as investidas vila condenses. Pode até dizer-se que Nuno Espírito Santo ganhou o jogo com a aposta certa nos extremos. Foi dos pés de Ukra que saiu o golo, o momento do jogo, aos 27 minutos, um golo que lançou o Rio Ave rumo ao Jamor.

Marcelo: O muro. Instransponível, inteligente, fez desaparecer Rucescu. Vários cortes decisivos em lances de perigo do ataque do Braga.

Pardo:
 O mais inconformado do lado bracarense. Foi alternando de lado com Rafa e tanto na esquerda como na direita fez tremer a defesa vila condense. Rápido, potente e sempre bem na finta, foi protagonista de alguns cruzamentos que não resultaram em golo porque do outro lado estava um muro, Marcelo.