Havia feridas para curar, mas apenas foi conseguido um pequeno analgésico no D. Afonso Henriques com o empate no dérbi minhoto entre o V.Guimarães e o Gil Vicente. Um empate triste e sem golos, com mais sabor para o Gil que acaba por sair com menos sequelas do encontro, até pelo sentido único do mesmo. O V.Guimarães completou o quinto jogo sem vencer, o segundo consecutivo em casa.

Rui Vitória apresentou-se para este jogo sem defesa direito de raiz; Amorim estava entre os convocados, mas acabou por ficar fora da convocatória. Leonel Olímpio fechou o lado direito da defesa vimaranense. Para além desta alteração, Maazou e Malonga saíram do onze do V.Guimarães dando os seus lugares a Tomané e Barrientos.

João de Deus não pôde contar com César Peixoto, o capitão estava convocado à condição, mas acabou por não recuperar do traumatismo no calcanhar. Com a ausência de César Peixoto, João de Deus povoou o seu meio campo estreando Alphonse a titular neste campeonato.

Veneno de Barcelos para a supremacia Vitoriana

A colocação de Alphonse ao lado de Keita no meio campo do Gil Vicente deixava antever um conjunto de Barcelos contido na cidade berço; foi o que se verificou. João de Deus deu ao V.Guimarães a iniciativa do encontro com fé no veneno pronto a destilar com a rapidez de Hugo Vieira, Caetano e Avto.

Mas a distância entre estes três homens e a restante equipa do Gil Vicente tornou o V.Guimarães dono e senhor do jogo. Os vimaranenses jogaram no meio campo contrário, criaram várias oportunidades de golo e aproveitaram a disposição do Gil Vicente em campo para conferir sentido único ao encontro.

Começava a sobressair Adriano Facchini opondo-se com muita alma aos intentos vimaranenses. Quando não era o guardião do Gil era o desacerto dos homens mais adiantados do V.Guimarães que iam mantendo o nulo no marcador. Empate sem golos que ia penalizando a equipa de Guimarães que demonstrava pouco rendimento face à superioridade evidenciada à flor da relva.

Não era dia para a bola entrar

Os segundos 45 minutos começaram a desenhar-se na mesma toada da primeira metade, com uma atenuante para o Gil Vicente: tinha o cronómetro a seu favor, que era ao mesmo tempo um fator que fazia o V.Guimarães jogar mais com o coração do que com a cabeça.

O veneno do Gil Vicente continuava lá teve o seu expoente máximo ao minuto 62 quando Douglas não quis ficar atrás de Adriano, fazendo uma defesa assombrosa a um remate de Hugo Vieira.

O destino da bola não estava mesmo traçado em comum com as redes e o nulo no marcador perdurou até ao último suspiro do encontro. Literalmente: Adriano segurou o empate no derradeiro lance com uma defesa assombrosa que serviu de espelho a todo o jogo. Mais V.Guimarães perante um Gil Vicente que desde cedo deu mostras de se satisfazer com a igualdade.

Na próxima ronda o Gil Vicente recebe o Marítimo, enquanto que o V.Guimarães se desloca a Alvalade para defrontar o Sporting.