A formação e os jogadores que chegam de fora
Opinião de Pedro Barbosa
Começou a segunda volta da Liga Portuguesa. Terminada a 16ª jornada o que podemos verificar?
Tudo na mesma nos lugares da frente. A disputa pelos lugares europeus. A luta para fugir dos lugares de descida. Grandes golos. Grandes defesas
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Começando por quem lidera. O Benfica fez a sua obrigação. Resolveu cedo e geriu o jogo, com Rodrigo em destaque. A ser uma mais-valia em virtude do seu rendimento. Está a aproveitar a ausência de Cardozo e a marcar golos. Confiante e com sentido de baliza, está a fazer a diferença.
Mas a dúvida prendia-se sobre quem seria o substituto de Matic. Jesus escolheu um jogador mais posicional e Fejsa foi o eleito. Com Enzo indiscutível, Ruben Amorim e André Gomes podem também ser opções e tudo farão para complicarem as opções de Jesus.
Na baliza mantém-se Oblak. Seguro, a dar confiança à equipa e aquela defesa a remate de Heldon diz muito da sua capacidade. O seu posicionamento e os bons reflexos evitaram o golo.
Uma nota final sobre o Benfica.
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O que diz, o que pede um treinador, seja ele qual for, a um jogador que entra num jogo praticamente à espera do apito final em que a sua equipa ganha tranquilamente por 2-0 desde os 36 minutos. Era para passar tempo? Não.
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Não o podia ter feito mais cedo? No meu entender sim. Estes ou outros jovens na mesma situação precisam de tempo e é em jogos como estes que as oportunidades são dadas. Ganham rotinas, ligação com os colegas e uma natural integração com a equipa em jogo. Não é 1, 2 ou 3 minutos. Para quê?
Vejo jovens com qualidade a serem porventura mal aproveitados ou pelo menos não terem tempo de jogo que permita perceber se eles têm ou não capacidade para singrar.
No jogo do Dragão passou-se o mesmo com Quintero. Entrou aos 88 minutos, depois do terceiro golo. Mais uma vez, no meu entender, se o jogador tem qualidade e se é efectivamente uma aposta é importante ter minutos de jogo. A vencer por dois desde os 34 minutos e com o jogo dominado e controlado, porque não dar mais tempo? Se não for nestes jogos será quando? Uma integração gradual é o que se pede, para quando a dificuldade for maior ter a resposta esperada.
Quem está de fora não possui todos os dados. Não sendo o treinador nem tendo de fazer a gestão do plantel, vendo apenas os jogos, não percebo por que motivo estes jovens não competem mais tempo.
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Em relação ao jogo com o Vitória de Setúbal, o Porto tornou-o fácil.
E alguns merecem destaque individual.
Carlos Eduardo fez um grande golo. Gesto técnico perfeito, enquadrado e um posicionamento do corpo que permite que a bola não suba e saia muito forte e entre como um tiro na baliza.
E o golo de Varela? A recuperação de bola, a arrancada, o desvio do último defesa e um remate muito forte, que só parou no fundo das redes. Boa jogada e um grande golo.
Do outro lado, apesar dos golos sofridos, também Kieszek esteve bem.
Várias defesas. O voo espectacular, a defender com a mão contrária o remate de Josué, evitando o que seria mais um grande golo, fica registado.
Em relação a Quaresma, Paulo Fonseca tem feito uma gestão inteligente e cuidada.
Na Luz jogou 37 minutos e assumiu a titularidade contra o Penafiel na Taça da Liga jogando 54 minutos. No domingo foram 67 minutos. A integração está a ser progressiva e o ritmo vai sendo adquirido. Para já, agitou contra o Benfica, marcou contra o Penafiel e assistiu contra os homens do Sado. Quaresma referiu ontem «de dia para dia sinto-me melhor e sinto que cada vez mais posso ajudar a minha equipa».
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Jackson e o Porto esperam e agradecem o melhor Quaresma.
Do lado do Vitória de Setúbal, referência para Pedro Tiba. Demonstra qualidade e com 25 anos só este ano chegou à primeira Liga e tem apenas 10 jogos (sete a titular). Bom tecnicamente, seguro no passe, tem personalidade e assume o jogo sem problemas. Couceiro tem apostado nele e o resultado tem sido positivo.
Em Arouca, o Sporting teve um teste duro. O adversário está diferente para melhor e o estado do relvado colocou as equipas a outro nível. As dificuldades obrigaram o Sporting a ser diferente. Não nos princípios mas na luta e na capacidade mental que é importante neste tipos de terrenos. Organização existe, mas é preciso por vezes alguém que decida.
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O Belenenses deixou de ter Mitchel Van der Gagg como técnico principal. Continuará Marco Paulo ou teremos mudança no comando? É importante retomar o caminho das vitórias.
Em Olhão já mora um novo treinador. O terceiro da época e uma politica errada desde o princípio. Giuseppe Galderisi foi o escolhido para inverter a tendência. Parece-me preparado e consciente das dificuldades do desafio. O próximo jogo em Paços pode dizer muito.
Gil Vicente vai em queda livre. Escrevi aqui a 5 Novembro 2103 elogiando a sua prestação, mas colocando até quando teríamos Gil? A verdade é que de lá para cá, passaram-se sete jornadas (com seis vitórias e um empate) e apenas um ponto. Dados preocupantes e se juntarmos os 13 golos sofridos e apenas dois marcados, a reflexão impera. O que levou a este registo? Os pontos amealhados ainda permitem alguma tranquilidade mas convém começar a somar para atingir o objectivo. O Paços de Ferreira foi buscar um empate a Braga. Dá alento e mais do que o ponto conseguido, é a confiança que renasce e o pensamento que é possível sair desta situação. O próximo jogo com o Olhanense é muito importante e esperam-se golos.
Se for como o deste fim de semana tanto melhor. A espontaneidade do remate de Bebé resultou num extraordinário golo.
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