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Internacional  |  

A história de Jorge Rodrigues, um campeão na Estónia

Crónicas Made in Portugal

Redação

O Maisfutebol desafiou os jogadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. É isso que farão daqui para a frente: Conheça melhor o projeto«Olá, Chamo-me Jorge Rodrigues e represento o Nomme Kalju, que acaba de conquistar o título de campeão da Estónia. Nasci em Vila Real, Trás-os-Montes, e fiz a minha formação no Abambres S.C. e no S.C. Vila Real. Pelo meio, tive uma curta experiência no Benfica. Chegando a sénio, começei por jogar dois anos no S.C. Vila Real e outros dois no Sp. Pombal (na II Divisão B), sendo depois transferido para os Açores. Representei o Operário dos Açores por três épocas e seguiu-se a primeira experiência no estrangeiro. Viajei para a Eslovénia e assinei pelo ND Gorica, onde acabei por ser vice-campeão nacional. Gostei da experiência mas problemas financeiros do clube fizeram-me procurar um novo rumo para a carreira. Estive na China à experiência mas as negociações não correram da melhor forma. Para além disso, senti saudades de casa e acabei por regressar a Portugal. Assinei pelo Boavista, aliciado pelo nome e pela grandeza do clube. Seguiu-se o Tondela, também na II Divisão B, onde fizemos uma grande campanha mas falhámos o objetivo de subida. No final dessa época, decidi emigrar novamente. Em Portugal, joguei sempre na II Divisão e queria algo mais para a carreira, em termos de realização pessoal, para além de melhores condições de vida. Recebi o convite para representar o Nomme Kalju da Estónia pela maos de um ex-colega japonês (Toshi) toshi que tinha jogado comigo na Eslovénia. Vim à experiencia , passei nos testes e por cá fiquei. No primeiro ano fui vice-campeão, classificação que nos deu o apuramento para a pré-eliminatória da Liga Europa. Infeliizmente, perdemos com o Kazar Lankaran do Azerbaijão (2-2 fora e 0-2 em casa). Esta época, já somos campeões. Conseguimos garantir o título a três jornadas do final e isso permite a presença na segunda pré-eliminatória da Liga dos Campeões na próxima época. Foi algo histórico para o clube e para mim, pois consegui o meu primeiro título de campeão. Faltam dois jogos para o final da época na Estónia, uma vez que o calendário é diferente em relação a Portugal. O campeonato começa em março e acaba em novembro, devido ao mau tempo. Para além de ser jogador, estou envolvido com o clube num projeto de parceria com um emblema português para o desenvolvimento e cooperação ao nível da formação dos escalões jovens. Será algo que trará benefícios para ambos os clubes. Consigo encontrar vários motivos que me levaram a emigrar, começando pelo facto de ser de Vila Real, onde as opções para singrar no futebol português são menores. A nível sénior, nunca tive oportunidade de jogar numa divisão acima da II Divisão B. Para além disso, o nosso país está em crise financeira e os clubes passam por grandes dificuldades. Quando se trabalha e se acredita tudo é possível. Se em Portugal a porta não se abriu, ganhei força e coragem para emigrar em busca do meu cantinho no mundo, onde me reconheçam e valorizem as minhas capacidades. Por isso, aconselho os jogadores portugueses a emigrar se encontrarem as portas fechadas. Estas podem abrir quando menos se espera. Os sonhos podem ser realizados. Até breve, Jorge Rodrigues»

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