A Liga em números: a cauda goleadora da Europa é aqui mesmo

Mais espectadores nas bancadas, menos golos nas redes, numa Liga cada vez mais desequilibrada no que se refere ao peso dos grandes nas assistências. Mas, surpreendentemente, os resultados estão a inverter a tendência monopolista dos últimos anos: Benfica e FC Porto não perdiam tantos pontos à 11ª jornada desde 2009, e o Sporting não tinha um total tão alto desde a temporada 2006/07. Eis alguns números que definem as tendências de uma Liga 2013/14 mais equilibrada do que se previa e em que as equipas revelam uma invulgar alergia a empates. E em que a média de golos mais baixa dos últimos anos nos deixa (mesmo!) na cauda da Europa.

216- o total de golos marcado até ao momento, à média de 2,45 por jogo. Menos 29 do que há um ano, e menos 9 do que em 2011/12. Comparado com os 30 principais campeonatos europeus, este valor deixa Portugal no 28º lugar: só em França e na Sérvia a média é mais baixa do que por cá.

47627- o número de espectadores a mais em relação às 11 primeiras jornadas de 2012/13. Corresponde a um aumento de 541 espectadores por jogo, para uma média de 10.010 por partida.

7- o número de clubes cujo estádio tem uma taxa de ocupação inferior a 30 por cento. Não contando com o caso excecional do Marítimo, que tem a lotação dos Barreiros limitada, devido às obras, apenas FC Porto (73%) e Sporting (64%) apresentam valores acima dos 60 por cento nesta edição da Liga.

62% - a percentagem a que corresponde o número espectadores dos três grandes em casa (550572) em relação ao total da prova. Dito de outra forma: as restantes 13 equipas, somadas, têm pouco mais de metade de Sporting, Benfica e FC Porto.

1587- o número médio de espectadores nos seis jogos do Nacional no estádio da Choupana, total afetado pelo facto de o jogo com o Arouca ter sido cumprido à porta fechada, por sanção disciplinar. Um dado que só é superado pela percentagem de ocupação do estádio Algarve nos jogos caseiros do Olhanense: 9,87 por cento, menos de um lugar ocupado em cada dez, a exemplo do que já tinha acontecido em 2012/13. Nessa temporada, o europeu Estoril teve a média mais baixa em 2012/13, com 1.970 espectadores.

4- o número de jogos com menos de mil espectadores desde o início da Liga: além do referido Nacional-Arouca (à porta fechada) há três jogos do Olhanense, com Arouca (585), Académica (607) e Estoril (813). No polo oposto, há apenas três jogos com mais de 40 mil espectadores: o FC Porto-Sporting (48108), o Sporting-Benfica (46109) e o FC Porto-Marítimo (41009).

39- o número de vezes que o cartão vermelho já foi exibido, seja diretamente (18), seja por acumulação de amarelos (21). Nuno Coelho (Arouca), Halisson (Gil Vicente) e Rúben Vezo (V. Setúbal) são os únicos jogadores expulsos em duas ocasiões.

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16- os pontos perdidos por FC Porto (9) e Benfica (7), valor mais alto desde a temporada 2009/10, quando a classificação, à 11ª jornada, era comandada pelo Sp. Braga. O Sporting não chegava a esta fase com tantos pontos desde 2006/07 – mas nessa altura não era líder, tinha menos dois pontos do que o FC Porto.

36/18/34- a distribuição entre vitórias em casa (41 por cento do total) empates e vitórias fora (39 por cento). A diminuição dos empates é, talvez, a novidade mais significativa destas onze primeiras jornadas, numa Liga que tem como resultado mais frequente a vitória caseira por 1-0 (13 vezes), seguida da vitória dos visitantes pelo mesmo desfecho (11 vezes).

80- o total de golos resultantes de lances de bola parada, mais de um em cada três (37 por cento). A maior fatia vai para golos resultantes de canto (27), seguindo-se os de penálti (25) e de livre indireto (16).

50- o total de golos de cabeça até à 11ª jornada. Freddy Montero, com quatro cabeceamentos certeiros, é o jogador mais eficaz da Liga nas alturas, à frente do sadino Cohene (três).

7- o máximo de golos marcados num só jogo: aconteceu no empolgante Marítimo-Paços de Ferreira, à 6ª jornada.

6- as assistências somadas por Evandro (Estoril), o maior fabricante de golos nesta edição da Liga. Logo a seguir vêm Lima (Benfica) e Candeias (Nacional), com cinco cada.

5- o número de empates sem golos até ao momento. Os récém-promovidos Belenenses e Arouca são as únicas equipas que já repetiram nulos. A equipa que fica mais vezes em branco é a Académica (6). Sporting e Gil Vicente são as que estiveram mais jogos sem sofrer golos (cinco cada).

4- os penáltis convertidos por Josué, o especialista mais testado nesta edição da prova. Seguem-se Evandro (Estoril) e Adrien (Sporting), com três cada.