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Académica: como comunicar com um guardião que não fala português?

Centrais têm de recorrer à imaginação para falar com Peskovic

Quando se é defesa e é preciso lidar com um guarda-redes que não domina a língua local, a solução é usar a imaginação. É o que fazem os centrais da Académica para se entenderem com Boris Peskovic, o eslovaco que saltou para a ribalta graças à exibição em Alvalade. O jogador está, ainda assim, muito melhor desde a sua chegada em Julho, pois já vai dizendo algumas palavras em português. Mas como a comunicação deve funcionar nos dois sentidos, ele próprio já ensinou algumas expressões da sua língua materna aos colegas. «É óbvio que, por vezes, ele não consegue expressar exactamente o que pretende. Por isso, pode optar por nem dizer nada, já que não encontra os termos correctos, mas, no geral, por palavras ou gestos, conseguimos entendermo-nos bem. O futebol é uma língua universal», afirma Orlando, central da Briosa. Peskovic não tem uma personalidade extrovertida, contudo, assegura o companheiro, já se integra nas brincadeiras do plantel e até faz piadas em eslovaco. «Quais? Com aquelas tais palavras que se aprendem logo e só servem para nos rirmos.» Ou talvez não. Pelo menos quando ouvem o guardião a proferi-las em pleno jogo. «Aí já sabemos que alguma coisa correu mal», admite Orlando, entre risos. Os sustos iniciais, quando Peskovic protagoniza lances de fazer tremer a bancada, pertencem agora ao passado e, segundo o defesa, nunca tiveram a ver com dificuldades de comunicação. «Pode ter havido alguns calafrios da nossa parte no início, o que se compreende. Ele é como qualquer jogador de campo. Ainda não estava na melhor forma e isso levava a que pudesse não ter a percepção mais adequada em alguns lances ou à falta de confiança para jogar com os pés, por exemplo. Mas ele melhorou bastante, ainda no sábado teve uma exibição fabulosa. Devemos-lhe muito neste jogo.» Berger passou pelo mesmoPara Markus Berger, central austríaco da Académica, o caso foi, e saliente-se o foi, também complicado, já que passou pelo mesmo. «Não tem havido problemas, o futebol não tem uma linguagem própria, exprime-se de muitas maneiras. Ele sabe o essencial em português e eu, como agora já domino a língua mais ou menos, não tenho dificuldade em entende-lo», desvenda. Berger sabe do que fala quando diz que todos aqueles que chegam a um país novo precisam de tempo para se adaptar. «No princípio foi mais difícil, mas tivemos amigáveis para nos conhecermos. Penso que, agora, ele já está perfeitamente integrado. A prova foi o grande jogo que fez com o Sporting», defende.

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