Académica-Naval, 1-2 (destaques)

NeiCom três letrinhas apenas, escreve-se o nome de um goleador que merece pisar os principais palcos do futebol português. Surgiu no Moreirense, então na primeira Liga, mas viu-se votado a um período celibático na divisão inferior, antes da Naval lhe abrir as portas, no início do ano. Entrou na temporada 2006/07 com a pontaria afinada, marcando dois golos em igual número de jogos. Mas fez mais que isso. Em Coimbra, demonstrou poder de explosão, velocidade e inteligência. Acertou em todo o lado, desde Pedro Roma, até ao poste e a trave, antes de confirmar a reviravolta da sua equipa. LitoNão acusa o passar os anos e continua a ser aquela seta veloz apontada à baliza adversária. Para além da velocidade e uma capacidade técnica acima da média, apresenta agora uma maturidade que permite colocar as suas qualidades ao serviço do colectivo. Clarividente, teve forças para contornar as contrariedades, marcando um golo e servindo Nei para a cabeçada que colocou três pontos na bagagem da Naval. Tal como o brasileiro, leva dois golos na Liga 2006/07. FajardoO derradeiro vértice deste tridente de luxo da Naval 1º de Maio. Destacou-se, na última temporada, pela presença nos lugares cimeiros no ranking das assistências da Liga e promete repetir a boa campanha. Surgiu no lado direito do ataque, mas o seu perfume espalhou-se pelos vários recantos do terreno de jogo. Outro dos intervenientes do duelo desigual com Pedro Roma, com um par de remates que o guarda-redes da Académica conseguiu desviar. Naval 1º de MaioDuas vitórias convincentes da equipa da Figueira da Foz no arranque da temporada 2006/07. Foi considerado, de forma generalizada, como um meteoro com passagem efémera pelo primeiro escalão, mas soube aguentar-se entre os grandes e promete, esta temporada, colocar tremendas dificuldades aos adversários. Com orçamento reduzido, Rogério Gonçalvez optou pela continuidade e, com um par de reforços no onze, ergueu uma estrutura que sabe responder de forma heróica às contrariedades, como aconteceu esta noite em Coimbra. Pedro RomaSofreu dois golos, mas foi o melhor elemento da sua equipa. Sintomático. O experiente guarda-redes da Académica promete voltar a arrancar exibições de grande nível. A exemplo do sucedido da última época, vai ser confrontado, invariavelmente, com uma pergunta para a qual não tem resposta. «Para quando uma chamada à selecção nacional?». A qualidade está lá, mas a idade não joga a seu favor.