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Adryan: o «novo Zico» chegou à Europa por uma porta lateral

Promessa do Flamengo foi cedida ao Cagliari

O mercado de transferências de janeiro proporcionou a mudança para a Europa de mais um talentoso jovem brasileiro: Adryan foi emprestado pelo Flamengo ao Cagliari, por um ano e meio. A sempre sonhada mudança para o «velho continente» fez-se por uma porta lateral.

O destino parece pequeno de mais para quem foi apontado como o «novo Zico», num clube que tem o lema «craque faz-se em casa». A verdade é que Adryan tarda em corresponder às expectativas que, a bem dizer, se elevaram cedo de mais.

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Adryan estreou-se na equipa principal do Flamengo com apenas 16 anos, em janeiro de 2011, num encontro de pré-época. Foi o ano em que se sagrou campeão sul-americano de sub-17 com o Brasil, destacando-se também no Mundial da categoria, prova em que o «escrete» não foi além do quarto lugar, mas com cinco golos do médio ofensivo.

Em janeiro de 2012 fez o primeiro jogo oficial pelo Flamengo, frente ao Bonsucesso, e logo com um golo, embora tenha estado em campo pouco mais de dez minutos.

Com a conturbada saída de Ronaldinho Gaúcho do Flamengo, os adeptos olharam para Adryan como o sucessor. Terá sido demasiada pressão, mesmo para alguém com indiscutível talento.

O médio ofensivo jogou com regularidade em 2012, mas no ano passado perdeu espaço no plantel. Surgiram relatos de casos em que o comportamento não terá sido o melhor, como o dia em que estava entre os jogadores que não se iam equipar mas recusou-se a ver o jogo da bancada com outros colegas, permanecendo noventa minutos no balneário.

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Foi muitas vezes acusado de ser mimado. No próprio balneário, até, mas sobretudo nas bancadas. Até por não ser o típico menino brasileiro que cresceu na favela e vê no futebol a oportunidade de dar uma vida melhor à família. Adryan é oriundo de uma família de classe média do Rio de Janeiro. Cresceu a fazer surf ou a jogar ténis. O ex-portista Ibson chamava-lhe «tenista», de resto, e o primeiro golo de Adryan no «Brasileirão» foi festejado como se ambos estivessem num «court».

Mas apesar desta aparente estrutura familiar sólida, Adryan também foi «engolido» pelas expectativas criadas em seu redor. Cresceu cedo de mais, no campo e fora dele. Casou aos dezassete anos, foi pai aos dezoito.

A mudança para a Europa surge, por isso, de forma algo precoce. Mas pode também ser o melhor que podia acontecer-lhe: uma transferência que passou quase despercebida, para um clube de plano médio, com uma exigência naturalmente inferior. «Um recomeço», como disse o próprio. Talvez assim encontre condições para colocar em campo o seu valor. Até porque o futebol de Adryan tem mais «toque europeu» do que a maioria dos talentos brasileiros. Um pouco à semelhança de Óscar, do Chelsea.

P.S. (Para Seguir) é um espaço assinado pelo jornalista Nuno Travassos, que pretende destacar jogadores até aos 21 anos.

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