Estilistas portugueses não se queixam da crise
Embora se viva a época de fim de saldos os estilistas portugueses não sentem grandes alterações no mercado da roupa de autor
De que forma a recessão económica está a afectar o mundo da moda? O universo de cada um dos criadores nacionais ainda reflecte de forma diferente a crise por que passam os portugueses. Para já, uma ideia comum: controle de custos e de stocks. Contactados pelo Moda e Social, Anabela Baldaque, Luís Buchinho e Katty Xiomara confessam não ter ainda grandes razões para queixas.
Anabela Baldaque
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MS A crise económica tem tido consequências no seu ramo? De que forma? As vendas têm registado quebras?
AB Sim, embora ainda de uma forma muito ligeira. Estamos actualmente num período de fim de saldos, em que a procura é sempre menor. Em meados de Fevereiro abriremos com a nova colecção e, só aí veremos se a crise também vai afectar o sector da «roupa de autor».
MS Que estratégias tem adoptado para fazer face às dificuldades?
AB Tenho estado sempre atenta, sobretudo controlando mais os stocks de matéria-prima e de peças acabadas.
MS Os desfiles têm tido menos público?
AB De forma alguma, a curiosidade tem-se mantido.
MS Tem tentado reduzir as despesas? De que forma?
AB Sim. Tentamos reduzir, por exemplo, limitando as idas às confeccionadoras, utilizando papel nas duas faces ou estando mais atentos à duração das chamadas telefónicas. Mas também começamos a sentir essa preocupação por parte dos clientes que, muitas vezes, já pedem embrulhos menos sofisticados ou não querem saco. O que tem sido positivo do ponto de vista ambiental.
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Luis Buchinho
MS A crise económica tem tido consequências no seu ramo? De que forma? As vendas têm registado quebras?
LB Não. Notou-se uma quebra no início do Inverno, na explosão do assunto em termos mediáticos. Mas no decorrer da estação estamos a recuperar para os valores de venda normais.
MS Que estratégias tem adoptado para fazer face às dificuldades?
LB Um produto absolutamente irresistível aos olhos do consumidor, que consiga juntar valores como: modernidade, estilo e intemporalidade.
MS Os desfiles têm tido menos público?
LB Não. Pelo contrário. Há uma forte adesão aos desfiles e às soluções criativas que são apresentadas.
MS Tem tentado reduzir as despesas? De que forma?
LB Não. Sempre fui cauteloso relativamente às despesas.
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