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Internacional  |  

André Geraldes cresce na Turquia mas joga num clube sem adeptos!

Crónicas Made in Portugal

RedaçãoVHA

O Maisfutebol desafiou os jogadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. São as crónicas Made in Portugal: Conheça melhor o projeto«Olá a todos, Chamo-me André Geraldes, tenho 21 anos e neste momento estou a jogar na Turquia, mais propriamente no İstanbul Buyuksehir Belediyespor (ex-equipa do treinador Carlos Carvalhal). A minha carreira no futebol começou desde muito cedo, ainda não tinha idade para ser inscrito como «escolinha», então fiquei um ano sem competir. A partir daí passei por todos os escalões de formação. Comecei com 7 anos no Futebol Clube da Maia, depois passei pelo F.C. Porto mas regressei ao Maia no ano seguinte. Após o regresso fiquei até ao último ano de júnior, idade em que já jogava pelos seniores do Maia Lidador, clube que veio substituir o F.C. Maia, que se extinguiu. Durante a formação passei por várias posições, mas acabei por me destacar a lateral direito. Quando finalizei a minha formação surgiu a oportunidade de representar o Rio Ave, clube da primeira liga. No Rio Ave não tive a oportunidade de jogar e fui emprestado por dois anos consecutivos. Na primeira época fui cedido ao D.Chaves, que foi a minha primeira aventura fora de casa, e no segundo ano representei o D. Aves, ano este que foi dos melhores da minha carreira desde que sou profissional, onde encontrei um grupo fantástico que lutou pela subida até ao último jogo. Após isto, surgiu a oportunidade de ir para estrangeiro, neste caso para a Turquia. Nos primeiros dias a adaptação foi um pouco difícil, pois é um país bastante diferente do nosso. Residem em Istambul tantas pessoas como em Portugal inteiro! Esta cidade é um «mundo» durante noite e dia, as pessoas são sociáveis mas torna-se difícil comunicar pois maior parte delas não fala inglês. A nível de comida também foi complicado porque na religião muçulmana não entra a carne de porco e os pratos, como «kebabs», «tavuks», são bastantes diferentes dos nossos, muitos deles acompanhados sempre de iogurte que é muito tradicional aqui. O Istambul BB é uma instituição recente, com cerca de 20 anos, e não tem adeptos! Nunca pensei que existisse algum clube no mundo assim, mas existe. No primeiro jogo que fiz para o campeonato contra o Besiktas, o estádio tinha adeptos mas eram praticamente todos do adversário, tanto que quando jogamos contra equipas de longe, o nosso estádio está praticamente vazio (cerca de 200 pessoas), embora aqui na Turquia as pessoas sejam loucas por futebol e os estádios estejam sempre bem preenchidos e sempre em grande festa. O futebol em si é basicamente um campeonato de luta e muito competitivo parecendo que cada jogada é a última da vida dos jogadores. Jogar fora de casa tem sido uma sensação muito boa, pois um estádio cheio em festa põe a adrenalina e a vontade de jogar em níveis elevadíssimos. Outra curiosidade é que em todos os jogos, antes do apito inicial, toca o hino nacional. A minha equipa tem alguns estrangeiros e conta com mais um português, o guarda-redes Eduardo. As coisas a nível coletivo não estão a correr muito bem, mas ainda vamos a tempo de mudar. Pessoalmente apenas não joguei um jogo até agora e penso que as coisas estão a correr bastante bem. Para já estou a gostar bastante da aventura, pois todos os dias vivo uma situação nova, seja na estrada, que é um caos, onde vale tudo menos passar no vermelho, seja a tentar comunicar com algum turco que não fale inglês, ou mesmo o simples facto de passear um cão inofensivo e ver as pessoas a correr e fugir como se estivesse a passear um leão. Cumprimentos a todos e até breve, Geraldes»

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