Já fez LIKE no MaisFutebol?
Made In  |  

André Martins, a fugir da Gripe A por entre Zapatistas

A história do avançado pode tornar-se o primeiro português a jogar a Libertadores

Passou discretamente pelo futebol português, saltou por Inglaterra e Bulgária e acabou por afirmar-se no México. No Jaguares, de Chiapas. Um clube da primeira divisão que representa a região mais pobre do país, uma região que se tornou famosa por ser o berço da luta zapatista. Onde dá ordens o sub-comandante Marcos, um homem sem rosto. Fala-se aqui de André Martins, o avançado que pode tornar-se o primeiro português a jogar a Taça Libertadores. Actualmente representa o Caracas FC, da Venezuela. Na última época, porém, defendeu o Jaguares. «Foi uma experiência muito boa a todos os níveis», diz. «Chiapas é uma região muito própria, marcada por ideias revolucionárias.» O maior receio que teve no México, porém, foi outro. Chama-se H1N1 e é nome de vírus. «Estava no México na altura mais perigosa da Gripe A, na altura em que se atingiu o pico de contágio», sublinha. «Foi uma experiência complicada. Ficava em casa e seguia as indicações de prevenção para que nada de mal me sucedesse.» «Andávamos de máscara de protecção e tudo começou a ser fechado: escolas, cinemas, restaurantes, tudo. As pessoas não queriam sair de casa porque tinham medo. Os jogadores tinham de ir treinar, mas depois do treino ia directamente para casa e não saía mais. Tirava a máscara para treinar, mas colocava-a a seguir e não tirava mais», adianta. México tem um longo caminho até à justiça socialPor esses dias, na pequena cidade de Tutxla Gutierrez, o português sentiu o que é viver numa região marcada pelo controlo dos zapatistas. Trata-se de um movimento que defende a gestão democrática do território das Chiapas, que se impõe à força, suportada pelas comunidades indígenas e que tem até o apoio do Inter Milão, por influência de... Javier Zanetti. Zapatistas e Governo têm travado uma luta ao longo dos anos, a maior parte das vezes uma luta surda. Na região, porém, sente-se medo dos primeiros, sobretudo. Que frequentemente impõem regras. «Nunca tive problemas de nenhum tipo, mas nota-se na região esta influência Zapatista. Sobretudo na comunidade indígena, que é numerosa.» «Notei sobretudo que têm o apoio dos indígenas, que apoiam o movimento porque ele está ao lado deles. Há uma maior consciência social sobre os direitos deles, estão muito bem informados e lutam por isso. Mas ainda falta um largo caminho ate que se encontre justiça social», termina, no fim de uma história de vida.

PUB

VÍDEO MAIS VISTO

Veja Mais

Últimas Notícias

APP MAISFUTEBOL

O MAISFUTEBOL na palma da sua mão!

Não falhe um golo, uma transferência ou uma notícia com a nossa aplicação GRATUITA para smartphone!