António Simões quer criar uma Casa do Futebolista e pede apoio dos grandes jogadores

António Simões quer formar uma equipa que possa iniciar o projecto de construção de uma Casa do Futebolista, um edifício que apoiasse antigos praticantes em dificuldades no final da vida, à semelhança do que acontecesse actualmente com a Casa do Artista. A ideia foi transmitida em declarações à Agência Lusa e prende-se com o desejo de evitar que situações semelhantes às de José Torres se repitam. Recorde-se que o antigo craque do Benfica e da selecção passa graves dificuldades de saúde e financeiras. «Teria gosto e tempo para integrar um grupo se mobilize para criar a Casa do Futebolista, como foi criada a Casa do Artista, mas os actuais grandes jogadores têm um estatuto que abre portas e deviam iniciativa de gerir fundos para a Casa», disse. «Deveriam ser os craques de agora os dinamizadores, ajudando os outros que vivem situações complicadas», acrescentando que esta acção devia ser apoiada pela Liga de futebol, que é rica, e pela Federação Portuguesa de Futebol, que tem muito dinheiro». «Eu sou do tempo do associativismo, em que as coisas eram construídas à força de braços. Isso agora acabou, ninguém trabalha sem querer ganhar», disse José Augusto. «Infelizmente hoje em dia cada um olha apenas para o seu umbigo». Sindicato dos Jogadores diz esperar por um terreno para iniciar projecto da Casa do FutebolistaTambém o Sindicato dos Jogadores, através do presidente Joaquim Evangelista, se mostrou empenhado em construir a Casa do Futebolista para apoiar antigos jogadores, sobretudo jogadores de um tempo em que o futebol não dava o dinheiro que dá hoje. «Neste momento, estão em elaboração os estatutos e o secretário de Estado ficou de arranjar um espaço para a construção do edifício», disse Joaquim Evangelista também à Agência Lusa. «A Casa do Futebolista servirá para responder aos jogadores mais carenciados no final da sua vida». Falando particularmente do caso de José Torres, o presidente do Sindicato explicou que ele próprio tem «preconizado duas medidas, porque os problemas não devem ser minimizados por estas iniciativas de apoio social, mas com medidas de fundo: um fundo de pensões e a Casa do Futebolista».