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Arbitragem  |  

«Árbitros estrangeiros? Passa a ideia de que os nossos não têm competência»

Presidente da AFAP diz-se ainda favorável à divulgação dos áudios do VAR

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves, destacou hoje a importância do videoárbitro (VAR), discordou da chamada de árbitros estrangeiros para dirigir jogos nacionais e mostrou-se favorável à revelação dos áudios.

À margem das Jornadas Anuais da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que decorre em Braga, o dirigente salientou que, na prática, o diálogo entre os principais intervenientes do futebol português «não tem acontecido com a rapidez ou a efetividade que todos achariam desejável».

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«A arbitragem vê o VAR como uma mais-valia, isso é inevitável. Existem processos que têm que ser melhorados, tem que haver cada vez mais formação, mas quem gosta verdadeiramente de futebol e de desporto não pode dizer que o VAR não veio para ajudar. Existem dores de crescimento que só é possível ultrapassar com a abertura e vontade de todos. É isso que a arbitragem tem que fazer, trabalhar mais, formar mais e tentar eliminar cada vez mais os erros, é isso que vamos exigindo aos árbitros, também pedindo a compreensão a todos os outros intervenientes», disse Luciano Gonçalves, evitando responder diretametne a Pinto da Costa, que pediu o fim do VAR após a derrota do FC Porto com o Gil Vicente (2-1), na última jornada da Liga, o que motivou uma comunicação da APAF para o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

«Não tem que ver com Pinto da Costa, com Rui Costa [presidente do Benfica], [Francisco] Varandas [presidente do Sporting] ou [António] Salvador [presidente do Sporting de Braga], tem que ver com ser posta em causa a seriedade e idoneidade das pessoas, não podemos compactuar com isso. Nas três últimas jornadas, há situações de três clubes diferentes, mas isso é completamente indiferente para nós. O nosso procedimento, desde 2016, quando se ultrapassam algumas marcas, é enviarmos para o CD e ele que decida», afirmou, acrescentando que não podem ser «levantadas suspeições que ponham em causa a honorabilidade das pessoas»: «Se as críticas forem feitas de forma tranquila e educada, só faz com que possamos crescer, porque não existe nenhum árbitro que goste de ser falado durante uma semana por um jogo ter corrido mal.»

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Luciano Gonçalves revelou ainda ser contra a chamada de árbitros estrangeiros para jogos das provas nacionais e diz-se favorável à divulgação dos áudios do VAR, tendo revelado que o Conselho de Arbitragem fez muito recentemente esse pedido ao International Board, que foi negado.

«Vamos continuar a trabalhar para que a divulgação dos áudios seja possível porque defendemos que quanto mais transparente [for o processo], melhor [...] Quanto a árbitros estrangeiros, faz sentido se for numa troca ou intercâmbio de formação, mas nunca pode ser virem árbitros estrangeiros apitar os nossos jogos. Passa a ideia de que os nossos árbitros não têm competência para os fazer e, com isso, não concordo de maneira nenhuma. Ainda hoje, ficámos a saber que vamos ter dois árbitros cipriotas nos dois principais jogos da II Liga. Não faz sentido. Somos dos países, fora dos Big 5, que mais vezes somos chamados a jogos das competições europeias.»

Quanto à ideia de serem apenas ex-árbitros a estarem no VAR, Luciano Gonçalves notou que isso não foi possível ser feito no início, mas que «certamente num futuro próximo haverá mudanças».

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