Mundial 2014: o dia em que os recordes não foram demais
A primeira vez que foi utilizada a tecnologia de linha de golo, a primeira vez que a Bósnia jogou num Mundial, o autogolo mais rápido, os dois golos de Benzema. Um domingo em cheio
O quarto dia do campeonato do mundo não foi tão entusiasmante como os três anteriores, mas manteve a linha goleadora do torneio. Para além dos grandes jogos, é um facto que temos tido a oportunidade de assistir a muitos golos.
Com três jogos, o domingo terminou com um Argentina-Bósnia, no Maracanã. E que melhor palco para receber a estreia do jovem país europeu, que não entrou com o pé direito, devido ao auto-golo logo nos instantes iniciais do encontro. Quem celebrou foram os muitos milhares de argentinos que marcaram presença no Rio de Janeiro.
PUB
Confira a ficha do jogo Argentina-Bósnia Herzegovina
Mas o dia começou com um surpreendente Suíça-Equador, que esteve muito perto de ficar empatado, mas levou-nos a um final de partida fantástico, com a seleção europeia a marcar o 2-1 já durante os descontos. No Estádio Mané Garrincha, em Brasília, os suíços operaram a quinta reviravolta deste Mundial e colocaram-se em boa posição no Grupo E.
O Equador até esteve em vantagem (com golo de Enner Valencia), mas a sabedoria de Otmar Hitzfeld fez a diferença, colocando Mehmedi na segunda-parte e este empata na primeira vez que toca na bola. Seria mais um suplente a fazer o 2-1, Steferovic, no tal contra-ataque mortífero já nos descontos.
PUB
Confira a ficha do jogo e a crónica do Suíça-Equador
A meio do caminho, um França-Honduras e a previsível vitória confortável dos gauleses (3-0), que ainda usufruíram da expulsão de um jogador adversário. Benzema foi a estrela, apontando dois dos três golos perante aquela que é muito provavelmente a equipa mais fraca deste Mundial. Podia ter dado numa goleada das antigas.
A França mostrou boa circulação, tem boas armas no ataque, parece ser a clara favorita a vencer o grupo E, mas vai ser interessante assistir ao confronto com a Suíça.
Confira a ficha do jogo e a crónica do França-Honduras
PUB
A FIGURA DO DIA - Sem dúvida Benzema, pelos dois golos que marcou às Honduras, para além de ter estado envolvido diretamente no terceiro, que acabou por ser atribuído ao guarda-redes Valladares. O avançado do Real Madrid deu uma bofetada de luva branca a todos os seus críticos, nomeadamente ao ex-selecionador Raymond Domenech, levando a França a um triunfo confortável (3-0). Com a ameaça Giroud sempre presente, Benzema foi mortífero perante a baliza adversária, mostrando que não pretende deixar o lugar e tem tudo para fazer uma grande Mundial.
A FRASE - «Este vai ser o ano de Portugal». Quem o disse foi Cristiano Ronaldo, que aproveitou a conferência de imprensa de lançamento do jogo com a Alemanha para dizer que está a 100%.
PUB
O NÚMERO - 144 segundos. Foi este o tempo que demorou Kolasinac para marcar o auto-golo mais rápido da história dos campeonatos do mundo, dando a vantagem à Argentina. O defesa bósnio suplantou o anterior recorde de Carlos Gamarra, de 166 segundos, em 2006. A Bósnia poderá dizer para sempre que o primeiro golo sofrido no seu primeiro jogo num Mundial foi por um jogador seu.
O CASO O tal outro golo da França que não foi marcado por Benzema. A a FIFA atribuiu-o a Valladares, guarda-redes das Honduras, na própria baliza. Após cabeceamento do avançado, a bola bate no poste, baila sobre a linha e acaba por entrar, eventualmente por toque do guarda-redes hondurenho, como demonstrou pela primeira vez na história a tecnologia de linha de golo.
O Campeonato do Mundo segue sem interrupções. Nova dose de emoções nesta segunda-feira, com Portugal em campo. Veja aqui o que se vai passar.
PUB