Sete figuras maiores no leque de Jesus
A galeria de notáveis e todos os outros protagonistas do 34º título
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Jorge Jesus utilizou, por ora, 28 jogadores nas 33 jornadas já realizadas do campeonato. Destes, o Maisfutebol seleciona sete nomes fundamentais, artistas de elite nas escolhas de Jorge Jesus. De Jonas, o homem-golo encontrado em Valência, até ao imenso Maxi Pereira, o lateral todo terreno, o uruguaio que carrega todo o espírito das águias.
JONAS: 31 anos (o perfil) . A 12 de setembro de 2014, o Benfica oficializou a contratação do experiente avançado. Jonas chegava livre ao Estádio da Luz, depois de três temporadas e meia no Valência. Os 30 anos no BI terão levantado algumas dúvidas aos que desconheciam o seu futebol, mas às primeiras aparições todas as reticências foram desfeitas. No apogeu da carreira, física e tecnicamente, Jonas mostrou ao que vinha logo na estreia frente ao Arouca (um golo) e na visita à Covilhã para a Taça da Liga (hat-trick). Agarrou a titularidade à nona jornada mas, por incrível que agora possa parecer, na vitória por 0-2 no Estádio do Dragão foi suplente não utilizado. Um portento de técnica e frieza, assassino na área, um senhor jogador. O Benfica acertou na mouche. Um achado!
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Artur Moraes . Júlio César chegou ao Benfica já com a primeira jornada do campeonato feita, mas não foi por isso que a questão da titularidade na baliza não ficou logo colocada. Um erro de Artur no dérbi na Luz com Sporting acelerou a troca de postos. Artur ainda voltou a ser titular, mas, como no início, só quando Júlio César teve problemas físicos. Lisandro López Voltou do empréstimo ao Getafe para reforçar o plantel e teve a primeira oportunidade em outubro quando Jardel se lesionou. Teve segundas hipóteses compensando lesões ou expulsões de Luisão. Mas nunca convenceu Jorge Jesus a dar-lhe mais tempo. Eliseu Foi um dos reforços mais ansiados deste Benfica, pois a questão do defesa esquerdo tem tido uma importância especial nas últimas épocas. Siqueira resolveu-a, mas não ficou muito tempo. Eliseu agarrou o lugar e prometeu mais do que viria a cumprir – até com um golo vistoso que deu três pontos no Bessa. Mas não deixou a questão do lado esquerdo totalmente esquecida. E Jesus não deixou de lhe dar broncas bem visíveis – como aconteceu no penálti que originou a derrota em Paços. Loris Benito Um jogo e uns minutos na primeira volta foi aquilo a que se resumiu a participação em campo do suíço neste título. Contratação estranha. Jardel Acaba por ser um dos baluartes da equipa nesta caminhada vincada pela maioria de vitórias seguras em casa com poucos problemas defensivos e ainda menos golos sofridos. Esta autoridade que foi marca do Benfica teve em Jardel um dos principais atores defensivos e o brasileiro acabou por ter (talvez) o seu momento mais significativo no plano ofensivo; ou não tivesse sido um dos momentos mais importantes do percurso encarnado o empate conseguido em Alvalade, já em tempo de compensação com um golo de Jardel. André Almeida Desde a jornada 1 até ao presente está na estratégia de Jorge Jesus mesmo que com importâncias diferentes; algo que também está ligado à sua polivalência, o que faz com que o treinador do Benfica dele não prescinda para ser primeiro nas opções de recurso. Foi mais suplente utilizado na primeira parte da época, mas, na segunda volta, garantiu que mais de metade dos 19 jogos na Liga fossem feitos como titular da equipa campeã nacional. César A exemplo de Lisandro López foi chamado quando um dos titulares ficou indisponível. E foi notoriamente a quarta opção de Jorge Jesus para o centro da defesa. Fejsa Lesionado desde abril de 2014, o longo calvário do sérvio durou um ano, quando voltou a jogar na primeira divisão e passando a fazer parte das soluções que têm saltado do banco. Foi titular em Guimarães, devido ao castigo de Samaris. Rúben Amorim Mais uma lesão grave e longa no início da época cortou-lhe o trajeto titular com que começou o campeonato. Só voltou a ser opção já em fevereiro deste ano, para passar a estar nas segundas soluções do treinador do Benfica quando é preciso reforçar a solidez da equipa ou para que um colega titular descanse os músculos mais cedo. Samaris Começou com o estatuto de duvidoso, pelo tempo que demorou a mostrar o seu valor para a equipa, tendo custado aos cofres benfiquistas o que custou. Com o passar dos jogos, o grego assumiu-se como um dos titulares indiscutíveis deste Benfica 2014/15 campeão nacional, agarrando à sua responsabilidade o meio campo da equipa. Sulejmani Foi outro dos lesionados de longa duração do plantel de Jorge Jesus e com o qual o treinador não pôde contar na maior parte da temporada. O sérvio só passou a ser opção nos meados deste ano, mas, nova lesão deixou-o mais uns meses fora dos relvados. Voltou neste final de percurso para colmatar pontualmente no onze titular as ausências de Salvio ou Gaitán. Ola John Segunda escolha do plantel assumida por todos, não é dos preferidos de Jorge Jesus, mas ainda é mais mal amado pelos adeptos, que não o poupam pela falta de exibições de primeira linha; o que, a despeito dos muitos jogos em que participou, nunca lhe conseguiram ver muitos minutos em campo – cujo mérito é ultrapassado pela necessidade de compensar ausências... Pizzi A saída de Enzo Pérez a um tempo ou o apagamento de Talisca a outro proporcionavam-lhe boas hipóteses para marcar a sua posição. O médio de 25 anos correspondeu às solicitações que, quando até acabaram por fazer-se coincidir, tiveram resposta à altura. Pizzi passou a ser um dos obreiros referência do Benfica campeão entre os que não chegaram ao patamar mais alto das figuras da equipa. Cristante Jovem e a precisar de adaptar-se ao novo clube, o italiano não conseguiu afirmar-se como opção segura para Jorge Jesus. O que acaba por deixá-lo entre as desilusões do plantel – de entre aqueles que chegaram com melhores referências. Enzo Pérez Ocupou o seu lugar fundamental na equipa trazido da época anterior e, a meias com uma transferência anunciada, da mesma forma que não comprometeu, também não deslumbrou como estava habituado a fazer. Saiu no mercado de inverno, como era esperado. Derley Suplente declarado de dois dos melhores marcadores do campeonato, nunca conseguiu furar por entre eles. E foi, inclusivamente, ficando para trás sem ser sequer utilizado dada a eficácia de Jonas e Lima. Lima Se Maxi é quem tem mais minutos feitos, Lima é totalista nos jogos da Liga: jogou nos 33 já realizados. E é o segundo melhor marcador da equipa. O brasileiro nº11 do Benfica foi passado por Jonas nos números concretos, mas aguentou-se bem à entrada em cena do «detonador» e não pode ser esquecido como também fundamental nesta caminhada do título: de que são grande exemplo os dois golos Dragão. Franco Jara Começou a época na Luz. Mas sem convencer. E seguiu para a Grécia.
Jonathan Rodríguez Chegou já este ano como reforço de inverno, mas o jovem uruguaio ainda se está a adaptar à realidade benfiquista (e portuguesa) na equipa B do clube. Bebé Apenas uma vez utilizado até à reabertura do mercado, acabou por sair em janeiro não tendo convencido Jesus a dar-lhe mais oportunidades nesta época. Gonçalo Guedes Teve cinco oportunidades para se juntar em campo à equipa principal como prémio pelas exibições na B. Serviu-lhe para dar rodagem ao talento e ser (já) um campeão.
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