Benfica-Hapoel Tel Aviv, 2-0 (destaques)
Os pés de Aimar não tremem
Aimar
Saiu aos 70 minutos, esgotado, após uma exibição bem distante da intranquilidade revelada pela equipa. Foi sempre o elemento mais sereno, mais ponderado, mais capaz. Mais solto fisicamente, protagonizou várias arrancadas no meio-campo ofensivo, a desequilibrar a defesa israelita. Aos 28 minutos apareceu sozinho na área, mas Enyeama fez bem a mancha e evitou o golo. A estrondosa ovação que recebeu, quando cedeu o lugar a Airton, foi mais do que merecida.
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Luisão
Esteve perto de ser réu, ao cometer uma falta passível de grande penalidade (não assinalada, aos 16 minutos), mas acabou por assumir o papel de herói, com o golo apontado cinco minutos depois. A experiência acumulada já devia ser suficiente para evitar as evidentes dificuldades em lances de um contra um, nas laterais da área que defende, mas em todo o caso o balanço da exibição é claramente positivo.
Cardozo
Por incrível que pareça, o golo que apontou aos 68 minutos, e que deu tranquilidade ao Benfica, resultou em monumental assobiadela na Luz. A exibição de Tacuara foi muito pobre, e pouco antes do golo os adeptos tinham respondido a um mau passe com uma assobiadela. O avançado respondeu primeiro com aplausos e depois com um golo, mas ao festejar decidiu mandar calar o público. O terceiro anel não gostou.
Roberto
Fez a melhor exibição de águia ao peito, pelo menos no que diz respeito a encontros oficiais. Aos 25 minutos revelou bom golpe de rins, a reagir a uma primeira defesa que tinha ressaltado no compatriota Javi García. Onze minutos depois fez a defesa da noite, após remate venenoso de Bondarv, ainda que o lance tenha começado com uma saída atrapalhada. Perto do final ainda viu uma bola bater no poste, mas nada podia fazer.
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Shechter
Foi o elemento mais móvel da dupla de avançados do Hapoel. Procurou ter mais espaço nas costas de Ben Sahar e também nas faixas laterais. Aos 16 minutos ultrapassou Luisão na área e foi agarrado pelo adversário, mas o árbitro nada assinalou. Pouco depois voltou a cair na área, após lance com Fábio Coentrão, mas neste caso simulou. A sua velocidade criou algumas dificuldades à defesa benfiquista, sobretudo quando apareceu pelos flancos.
Vermouth
É o jogador do Hapoel com maior capacidade técnica, mas é prejudicado pela colocação junto às faixas laterais. Na zona central seria certamente mais influente, mas ainda assim mostrou bons pormenores, mesmo sem grande velocidade de execução.