Benfica-Inter, 0-0 (destaques dos portugueses)

QuimDuas ou três defesas excelentes ajudaram a guardar o zero. Um dos melhores do Benfica, o que de resto não é novidade, pois não? KatsouranisQuem se bate com Ibrahimovic e sai sem más histórias para contar pode dizer que ganhou o dia. Além de ter defendido sempre bem, com muita atenção e esforço físico, foram do grego alguns dos melhores passes da noite. O tempo passa e o problema continua: Katsouranis está bem ali atrás, mas o meio-campo também beneficiaria com a sua presença. Bom entendimento com Luisão. CardozoDeram-lhe meio passe e ele construiu a melhor oportunidade. O paraguaio voltou a demonstrar que está em boa forma. Mas raramente foi bem servido. Um problema que sobrou do jogo com o Feyenoord e que tem na raiz a escassez de unidades ofensivas que o Benfica utiliza. Carlos MartinsParece que está sempre perto de qualquer coisa. Perto de conseguir organizar o futebol da equipa. Perto de cruzar com perigo. Perto de rematar à baliza. Perto de descobrir uma linha de passe. Mas é isso. Está só perto. Ninguém pode dizer que não se bate, que não se entrega, que não quer. Mas é preciso mais. YebdaÚtil quando o jogo se torna físico e mais uma arma nas bolas paradas. No entanto, ao francês voltou a faltar sentido de jogo, posicionamento, capacidade para empurrar o Benfica para a frente, mudar tudo com um passe que rasga e surpreende. Os próximos jogos dirão se Yebda tem qualidade suficiente para ser o «6» do Benfica. Para já as dúvidas são legítimas. Ruben Amorim e Maxi Pereira: um flanco?Juntos foram uma vez à linha. Ambos devem muito à rapidez e na realidade não são jogadores de ala. Viu-se mais uma vez que sentem dificuldades em construir um flanco. Por outro lado, são fiáveis quando é preciso defender. Percebe-se a opção de Quique Flores, mas o treinador espanhol cedo perceberá que no campeonato português é preciso maior capacidade para desequilibrar. Aliás, a entrada de Balboa ao intervalo é sinal de que começa a sentir necessidade de resolver esta equação. AimarOutra vez decepcionante. Parece não entender em que posição deve jogar. Se se aproxima de Cardozo recebe (quando recebe) a bola com dois ou três adversários ao lado. Se recua pisa os terrenos de Carlos Martins, já de si um jogador que raramente resiste a uma oportunidade de sair do seu lugar. Melhorou um pouco quando a entrada de Balboa e Reyes possibilitou alguns espaços. Contratado como grande figura da equipa, é urgente que o treinador descubra o melhor espaço para Aimar. Claro que no campeonato português a qualidade dos adversários será diferente. UrretaÉ de menos, sobretudo a este nível. Esforçado, ousado. Tudo isso. Mas de menos para um extremo do Benfica. ReyesCom Maicon o teste era especialmente duro. O espanhol conseguiu um bom cruzamento pouco depois de entrar. Depois só deu luta. Por vezes notou-se vontade de fazer tudo sozinho. Mas é claro que se trata de um excelente jogador, ainda à procura de perceber como bate o coração da nova equipa. David LuizVoltou depois de longa ausência. Cometeu uma falta dura sobre Ibrahimovic e manteve uma discussão estéril com o auxiliar de Bruno Paixão. Sim, está recuperado.