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Menos minutos, mais ingredientes: o rodízio de Jesus melhorou

Benfica chega a esta fase da época com menos desgaste do que há um ano

No início da temporada Luís Filipe Vieira não hesitou em afirmar que o grupo de jogadores à disposição do técnico era «o melhor dos últimos 30 anos». E, mesmo depois da saída de Matic, em janeiro, a convicção quase generalizada de que o Benfica tem um plantel com mais alternativas do que a concorrência continua a manter-se. Com o fantasma do último final da época ainda a assombrar os adeptos encarnados, uma das questões do momento tem a ver com a forma como Jorge Jesus vai gerir os últimos dois meses, procurando o equilíbrio entre o repouso de elementos mais desgastados e a obrigação de apresentar onzes competitivos numa reta final com poucas pausas. Por isso, fomos fazer contas. E chegámos à conclusão de que o Benfica chega a esta fase da temporada menos desgastado do que há um ano: menos jogos nas pernas, mais jogadores utilizados, e menos carga de minutos entre os habituais titulares.

Primeiro, os jogos: há um ano, a 20 de março de 2013, o Benfica já tinha cumprido 42 partidas oficiais, contra as 39 que soma este ano, antes da segunda mão com o Tottenham. A diferença de três jogos explica-se com o adiamento da meia-final da Taça da Liga e o facto de as meias-finais da Taça de Portugal e os oitavos de final da Liga Europa se realizarem mais tarde do que em 2013. 

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A isto, acresce uma situação na Liga mais favorável do que há um ano: após a 23ª jornada da época passada, o Benfica tinha quatro pontos de avanço sobre o segundo (FC Porto), que ainda teria de visitar. Desta vez, os pontos são sete, a que se junta a vantagem no confronto direto com o Sporting, que obriga os leões a recuperar oito.

Isto não é sinónimo de facilidade, claro: mesmo considerando que ainda há pela frente duas meias-finais com o FC Porto (Taça e Taça da Liga) se, por hipótese, os encarnados chegassem à final de todas as competições, terminariam a temporada com 57 jogos oficiais, mais um do que na época passada – onde ficaram fora da decisão da Taça da Liga. Com 39 jogos já realizados, seria necessário cumprir 18 em dois meses, à média quase invariável de dois jogos por semana até final de maio.

Ora é neste cenário que as opções do técnico podem desempenhar papel importante. E os números mostram que Jorge Jesus parece ter tirado, até agora, mais partido da profundidade do plantel do que há um ano. Considerando as cinco provas oficiais (Liga, Champions, Liga Europa, Taça e Taça da Liga) o Benfica recorreu a 31 jogadores para os 39 jogos da temporada. Há um ano, por esta altura, tinha utilizado menos dois (29) em mais três encontros.

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Este não é o único indicador, nem o mais importante, a sugerir que o rodízio de Jorge Jesus tem mais ingredientes do que há um ano. Em 2012/13, por exemplo, sempre contando todas as competições, onze jogadores do plantel tinham jogado mais de metade do total de minutos da temporada (Artur, Maxi Pereira, Jardel, Garay, Melgarejo, Matic, Enzo Perez, Salvio, Ola John, Lima e Cardozo). E cinco destes (Artur, Garay, Salvio, Melgarejo e Matic) tinham mais de 75% do tempo de jogo do Benfica nas pernas.

Este ano, por contraste, apenas oito elementos de entre os que permanecem no plantel atingiram o patamar de 50% de desgaste (Artur, Maxi, Luisão, Garay, Fejsa, Enzo Pérez, Lima e Gaitán jogaram mais de metade dos 3540 minutos de competição). E só três (Luisão, Garay e Enzo Pérez) estão acima dos 75% de carga.

Ponto de situação a 20 de março

2012/13: 29 jogadores em 42 jogos (32 v-8 e-2 d)

Acima de 75% de minutos: Artur, Garay, Salvio, Melgarejo, Matic Entre os 50%-75%: Lima, Maxi Pereira, Enzo Perez, Jardel, Cardozo e Ola John Entre os 25%-50%: Luisão, Gaitán, Rodrigo, André Almeida Menos de 25%: Luisinho, André Gomes, Carlos Martins, Bruno César, Nolito, Paulo Lopes, Aimar, Roderick, Witsel, Urreta, Sidnei, Javi García, Alan Kardec e Miguel Vítor.

2013/14: 31 jogadores em 39 jogos (31 v -5 e -3 d)

Acima de 75% de minutos: Luisão, Garay, Enzo Perez Entre os 50%-75%: Lima, Maxi Pereira, Gaitán, Artur, Matic e Fejsa Entre os 25%-50%: Siqueira, Rodrigo, Sílvio, Oblak, Rúben Amorim e Cardozo Menos de 25%: André Almeida, Djuricic, Sulejmani, Ivan Cavaleiro, Jardel, Bruno Cortez, André Gomes, Ola John, Salvio, Funes Mori, Steven Vitória, Paulo Lopes, Lindelof, Bernardo Silva, Hélder Costa, João Cancelo.

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